INTERSEÇÃO AMAZÔNIA

Uma coluna de comentários gerais sobre assuntos da Amazônia e/ou que tenham interesse ou impacto sobre a Região.

Sunday, June 25, 2006

INTERSEÇÃO AMAZôNICA Domingo 25.06


“O nível intelectual do brasileiro está abaixo do que era na década de 60 ou 70, porque as escolas são piores e o estudo já não é valorizado como antigamente. O valor não é mais fazer alguma coisa que seja dignificante. As pessoas querem é subir na vida, ganhar dinheiro e dane-se o resto”.
(Silvio de Abreu, autor de novelas sobre a educação e a moral “em frangalhos” do país).

NO PAPEL
O presidente Lulla da Silva assinou, na última quarta-feira, três decretos que criam mais três Unidades de Conservação -UC's na Amazônia. O Parque Nacional dos Campos Amazônicos, no sudoeste do Amazonas e no extremo nordeste de Rondônia, com uma área de aproximadamente 880 mil hectares. A Reserva Extrativista do Rio Unini, situada no norte do Amazonas, com 830 mil hectares é a maior do estado. No sul do Amazonas, a Reserva Extrativista Arapixi com uma área de 133 mil hectares. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou que com o novo parque o governo estabeleceu uma barreira para conter o avanço do desmatamento de Rondônia para o Amazonas. "Antes as UC's eram criadas em lugares distantes da Amazônia. Agora são criadas em área onde há ameaça de expansão predatória. Isso faz a diferença", disse. Com as novas área a superfície legalmente protegida na Amazônia aumenta em 1,84 milhão de hectares, algo superior a três vezes a área do Distrito Federal. No atual governo foram criadas ou ampliadas 57 UC's: quatro em 2003, 11 em 2004, 21 em 2005 e 21 em 2006. Com as novas unidades já são 19,3 milhões de hectares em Unidades de Conservação criadas neste governo na Amazônia, o que equivale a 34% do total de UC's criadas até hoje. Só não me perguntem como as áreas estão sendo protegidas.
O CÂMBIO DEMITE
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados–Caged mostram que Mato Grosso foi o 2º colocado no ranking dos estados brasileiros que mais demitiram que contrataram, no mês de maio, com um saldo negativo de 3,38 mil postos de trabalhos. A liderança pertenceu ao Rio Grande do Sul, com menos 3,86 mil vagas O Centro-Oeste demitiu mais do que contratou trabalhadores. O saldo negativo de empregos foi de 1,46 mil vagas decorrente de terem sido admitidos 82,03 mil trabalhadores e demitidos 83,49 mil pessoas na região. O resultado reflete os efeitos da política cambial sobre o agronegócio e o setor exportador com o agravante, no Mato Grosso, do movimento dos produtores, denominado de “Grito do Ipiranga”, que, por meio de bloqueios das rodovias, pararam a economia mato-grossense por mais de um mês.
AUMENTO DE PREÇOS
O Dieese do Estado do Pará divulgando que, na quadra junina, está havendo um aumento considerável dos preços das comidas típicas comercializadas na Grande Belém. Cita o mingau, vendido em copo que teve reajuste de 5,99%, o mingau de tapioca e milho que podem ser encontrados com preços que variam entre R$ 1,50 e R$ 2,00, ou seja, uma variação de 33,33% entre vendedores. O tacacá cujo preço está variando entre R$ 4,00 e R$ 6,00. O vatapá foi reajustado em 3,90% passando a custar de R$ 4,00 a R$ 5,00, dependendo de local. Às vésperas do Dia de São João a maniçoba chega a custar R$ 6,00 em alguns pontos. As fatias de bolo sofreram reajustes expressivos: as de macaxeira e tapioca estão custando, em média, R$ 2,00, um aumento de 4,17%. Não dever ser diferente, em Rondônia, nas feiras agropecuárias e festas juninas onde os consumidores são submetidos a pagar preços exorbitantes não somente pela comida como também pela bebida.
AUMENTA A INADIMPLÊNCIA
O Indicador Serasa de Inadimplência de Pessoa Física indica que, em maio, houve uma alta de 22% em relação à maio de 2005. A Serasa registra que a inadimplência dos consumidores voltou a aumentar em maio, após o recuo de 11,4% do mês de abril de 2006. Maio, em comparação com abril, teve um índice de inadimplência maior em 13,1%. Nos cinco primeiros meses de 2006, a alta na inadimplência foi de 16,7% na comparação com o mesmo período de 2005. Segundo divulgado pelo indicador da Serasa, em maio de 2006, a participação dos cheques devolvidos na inadimplência dos consumidores foi a mesma das dívidas com cartões de crédito e financeiras. Ambos tiveram peso de 32,6% no total do indicador de pessoa física. No quinto mês de 2005, os registros de cheques sem fundo representaram 32,7% da inadimplência dos consumidores, e as dívidas com cartões de crédito e financeiras, 35,4%. As dívidas com os bancos representaram 31,9% da inadimplência dos consumidores em maio, bem maior que os 24,9% de 2005. Os títulos protestados participaram com 2,9% das dívidas não pagas de pessoas físicas, em maio de 2006 contra 2,5%, em maio do ano passado.

Wednesday, June 21, 2006

“Nada é tão inútil quanto fazer eficientemente o que não deveria ser feito em primeiro lugar”.
(Peter Drucker, que escreveu e falou com a autoridade de quem entendia de administração).

SEMINÁRIO
Aconteceu ontem, 21 de junho, no auditório do Tribunal de Contas de Rondônia, realizado pelo Conselho Federal de Economia e o Sebrae de Rondônia, o 1º Seminário de Economia do Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Brasileira que teve como principal destaque a palestra proferida pelo presidente da Agência de Desenvolvimento da Amazônia –ADA, Pepeu Garcia, sob o tema “Incentivos Fiscais para Empreendimentos na Amazônia” na qual destacou que aquela agência possui recursos disponíveis da ordem de R$ 1,7 bilhão para investimentos por empresas privadas da Amazônia. Também esteve presente o presidente do Cofecon, Synésio Batista da Costa, que é um destacado líder empresarial sendo também presidente da ABRINQ, associação que reúne os fabricantes de brinquedos do país. Acompanhando Synésio esteve também, como palestrante, o vice-presidente do Conselho Federal dos Economistas, Aurelino Levy, que enfocou o tema “O Mercado de Trabalho para o Economista na Amazônia”. Levy é professor da Universidade Federal do Mato Grosso e técnico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -IBGE. O seminário foi amplamente prestigiada pelos economistas e acadêmicos locais que lotaram o auditório do Tribunal de Contas.
A GRANDE DIFERENÇA
Na última terça-feira, dia 20, foi lançada, em Manaus, a pedra fundamental do Distrito Industrial de Micro e Pequenas Empresas de Madeira e Móveis. O Distrito, um investimento estimado em R$ 10 milhões, se destina a ampliar o poder de competitividade industrial do Amazonas por meio da qualificação de pessoal, desenvolvimento de tecnologia e melhoria da qualidade de produtos e serviços. O novo distrito, concebido como um condomínio empresarial, deve criar novos mil postos de trabalho, entre empregos diretos e indiretos. A projeção do faturamento total das empresas que vão se instalar nele está prevista em R$ 6 milhões/mês. Também a iniciativa visa atacar eliminar os gargalos que comprometem o desenvolvimento do setor que, malgrado seu grande potencial, possui empresas que se ressentem da falta de tecnologia e de inovação em design de produtos, qualificação de pessoal e dificuldades de comercialização .Na cerimônia de lançamento presentes o governador do Amazonas, Eduardo Braga, o secretário estadual de Planejamento, Ozias Monteiro, e a superintendente da Suframa, Flávia Grosso, que, no seu discurso, salientou a importância da decisão política que embasa a iniciativa: “Sem visão política e empresarial não se investe para criar emprego e renda e isso a administração estadual tem dado mostras de que tem”. É uma grande diferença.
SOB NOVA FORMA
Já começou a ser testado pelo Ibama esta semana, em Belém do Pará, o Documento de Origem Florestal -DOF, em Belém. O novo documento de controle origem de produtos florestais vai substituir a ATPF -Autorização para Transporte de Produtos Florestais a partir de 1º de agosto. Os testes para sua implantação vão se estedender por toda esta semana com a participação de servidores do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente. O Ibama informou que são emitidas um milhão de ATPFs por mês. Somente no Pará, considerando o trabalho da Superintendência do Ibama e das Gerências Executivas de Marabá e de Santarém - regiões sudeste e oeste do Pará - são emitidas mais de 40 mil ATPFs por ano. A substituição das ATPFs pelo DOF havia sido anunciada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante a operação Novo Empate, feita pelo Ibama e Polícia Federal, que desmantelou uma quadrilha de madeireiros, funcionários públicos e despachantes, que comercializavam madeira extraída ilegalmente na Amazônia. O grupo atuava no Acre e em Rondônia com ramificações em São Paulo, Mato Grosso e Amazonas, fraudando o sistema de controle de ATPFs, por meio de empresas legais e fantasmas. O DOF será um sistema integrado com a Polícia Federal.
CAI O EMPREGO FORMAL
De acordo com dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho-Caged, em maio, foram gerados 198.837 novos empregos, contra 229.803, em abril, ou seja, houve uma queda de 13,47% dos empregos formais em abril em relação a maio. Também, em comparação com maio de 2005, a geração de empregos, foi menor. A queda foi de 6,4%. Em maio de 2005 foram gerados 212.450 postos de trabalho. No acumulado de janeiro a maio de 2006 o número de contratações também diminuiu. De janeiro a maio de 2006 foram registradas 768.343 novas contratações contra 770.767 em igual período do ano anterior. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho reafirmou a projeção de emprego para este ano. Para ele, o nível de emprego formal na economia deve ficar entre o resultado de 2004, que foi de 1.523.276 empregos e o apurado no ano passado, de 1.253.981. Marinho manteve para os quatro anos do governo Lula a projeção mensal de 100 mil novos empregos, o que dará um resultado de 5 milhões de empregos criados com carteira assinada no período. Marinho criticou o Banco Central por diminuir o ritmo de queda da taxa de juros. "Se não diminuísse o ritmo, o cenário para emprego estaria melhor".


INTERSEÇÃO AMAZÔNIA TERÇA 20.06


O presidente é imbatível na quantidade de sandices que diz quando se solta, insuflado pelos aduladores”.
(Miriam Leitão, jornalista de “O Globo” sobre Lulla da Silva e seus discursos de improviso).

PRÊMIO DO CERRADO
No meio de tantas notícias ruins surge uma mostra da capacidade brasileira reconhecida no exterior. O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou o nome dos três ganhadores do Prêmio Mundial de Alimentos, cognominado informalmente de "Nobel da Alimentação", entre os quais dois brasileiros são agraciados: o ex-ministro da Agricultura do governo Geisel, Alysson Paulinelli, o grande responsável pela criação da Embrapa-Empresa Brasileira de Pesquisas Agrícolas), e o ex-diretor técnico do Centro de Pesquisas da Embrapa, Edson Lobato.
O terceiro ganhador é o norte-americano Colin McClung, pesquisador do Instituto Internacional de Pesquisas dos Estados Unidos. O prêmio contempla as contribuições mais relevantes para obter avanços na qualidade, quantidade e disponibilidade de alimentos no mundo. O fato é auspicioso não somente porquê Paulinelli e Lobato são os primeiros brasileiros a receber a premiação, mas também por reconhecer o desenvolvimento do Cerrado brasileiro como uma das maiores conquistas da ciência agrícola no século 20. Acrescente-se que o cerrado foi ocupado contra a vontade norte-americana, inclusive com o uso e abuso de ONGs contra sua utilização, porém é responsável na atualidade por cerca de 38% da produção nacional de grãos tendo sido essencial para mudar a agricultura brasileira e tornar o agronegócio importante para a balança externa do País. Ainda mais: responde por 20% do território brasileiro e é uma das savanas mais ricas do mundo em biodiversidade. No entanto ainda tem uma parte de sua superfície muito pequena ocupada produtivamente e não é mais competitiva por causa dos problemas de infra-estrutura. Ó país!
BOM EXEMPLO
Enquanto, em Rondônia, o setor Madeira & Móveis escorrega em mil dificuldades técnicas, de crédito e burocráticas, hoje, na estrada do Tarumã, em Manaus, próximo aos prédios do Sipam/Sivam -Sistema de Proteção e Vigilância da Amazônia, está sendo lançada a pedra fundamental do Distrito de Micro e Pequenas Empresas de Madeira e Móveis que representa um investimento de R$ 10 milhões, e deve gerar de imediato 250 empregos diretos e outros 750 indiretos. O empreendimento é uma parceria que envolve os governos estadual, federal e municipal, além de uma rede de órgãos instituições e associações privadas com o objetivo ampliar a competitividade das empresas locais com capacitação de mão-de-obra, desenvolvimento de design e melhoria da oferta de produtos. Numa área de 105 mil metros quadrados, o Distrito Industrial de Micro e Pequenas Empresas pretende ter um complexo de 24 lotes urbanizados e 24 galpões industriais de 450 metros quadrados. Na área comum do empreendimento haverá uma central de secagem, unidade de tratamento de efluentes líquidos e resíduos sólidos. E também vai contar com um Centro Tecnológico Integrado de Madeira e Móveis composto de quatro salas de aula, um laboratório, núcleo de informática, almoxarifado e escola de marcenaria, terá capacidade para atender a 500 alunos. As obras incluem construção de rede elétrica, sistema de abastecimento de água, terraplanagem, pavimentação, drenagem pluvial, e guarita.
INDIOS SUPERIORES
Para os que adoram tutelar índios o bom exemplo vem do Mato Grosso. Lá foram diplomados, no último dia 07 de junho, 198 índios pela primeira turma do projeto Terceiro Grau Indígena, da Universidade Estadual de Mato Grosso -Unemat. É bem verdade que, grande parte, dos diplomas ainda estavam todos muito bem guardados. Entregues num envelope plástico - para evitar que ficassem marcados pelas pinturas corporais de seus destinatários - muitos deles continuavam assim, intocados, mesmo depois da cerimônia de colação de grau. Pioneiros na América Latina, os novos professores indígenas têm a grande responsabilidade de fazer florescer, na prática, os objetivos que motivaram a implantação do curso em 2001. Mais do que uma oportunidade de formação superior, o projeto representa a oportunidade de mudança nas bases da educação indígena dentro de uma perspectiva que visa assegurar uma formação voltada para a realidade indígena e sua cultura, para que as futuras gerações vivam e trabalhem conservando suas tradições. Não se pode, porém deixar de ressaltar que a formação de uma grande massa de índios em nível superior só pode ser importante para assegurar maior controle dos índios sobre suas próprias reivindicações e demandas.
REFLEXOS DA CRISE
O que, no Mato Grosso, foi criado como uma solução para o asfaltamento de pequenos trechos em pontos estratégicos para o escoamento da safra agrícola – ligando cidades ou garantindo o acesso as rodovias federais (as BRs) – os consórcios rodoviários que surgiram de uma entre governo estaduais, produtores e prefeituras municipais se transformam,a gora, em problema com a crise agronegócio. Como os produtores ficaram sem recursos os reflexos estão sendo detectados no atraso e paralisação de obras de pavimentação em várias regiões do Estado. Os investimentos previstos em R$ 194 milhões, no período de 2003 a 2005, sofreram paralisações com pouquíssimas obras em andamento. Ao todo, foram contratados nos últimos anos mais de 50 projetos por meio do sistema de consórcios em rodovias estaduais, as MTs. Muitos destes projetos tiveram que ser revistos e readaptados à situação atual dos municípios e dos produtores, enquanto outros simplesmente tiveram que ser cancelados ou estão temporariamente suspensos. O problema maior é que o Governo do Estado precisa do apoio do setor privado e dos municípios com a crise o ritmo das obras diminuiu e é possível que alguns tenham que ser, efetivamente, cancelados. Talvez, com novas parcerias, os mais importantes possam ser feitos, no entanto todos se ressentem da queda de recursos, daí a desaceleração das obras e os problemas que estão enfrentando asfaltamentos que já haviam sido iniciados.

Sunday, June 18, 2006

INTERSEÇÃO AMAZÔNIA Domingo 18.06


“É pelo futebol que as pessoas do povo aprendem que a regra vale mesmo para todos”.
(Roberto DaMatta, antropólogo especializado em captar a alma brasileira).

NEM PARA TODOS
A informação parte da própria Agência Brasil que noticia que, no Amazonas, cerca de 5,6 mil comunidades rurais não têm fornecimento regular de energia elétrica. . Nesses locais, os ribeirinhos estão se mobilizando para conseguir óleo diesel suficiente para poder ter o funcionamento da televisão ou até do rádio durante os jogos do Brasil na Copa do Mundo. É o assessor estadual do Luz Para Todos, Joel Nascimento, quem afirma"Noventa por cento dessas comunidades têm geradores de baixa potência (de 15 e 40 KVA), que funcionam apenas de quatro a seis horas por dia" e que "Dependendo da potência do gerador, ele gasta de um a dois litros de óleo diesel por hora". E complementa que são comunidades cuja população varia de 30 a 200 famílias onde "O combustível para o gerador é comprado pelos moradores ou, em geral, doado pela prefeitura. Há casos também em que o governo do estado assume esse compromisso."Integrante do Conselho Nacional dos Seringueiros -CNS, Erivan Almeida conta que o "costume" são as comunidades terem energia das 18 horas às 22 horas para que as escolas possam funcionar à noite. "Para ligar o motor de luz durante o dia e nos fins-de-semana a prefeitura não fornece o combustível". Como se sabe o programa Luz para Todos se propôs a universalizar o fornecimento de energia elétrica a todos os brasileiros até 2008. No Amazonas, a meta é beneficiar 81 mil famílias , segundo a coordenação estadual, foram atendidas apenas 11,3 mil já foram atendidas. Erivan Nascimento explicou que poucas dos ribeirinhos foram atendidos porque"Primeiro estamos trabalhando nos locais até onde pode chegar a rede convencional de transmissão de energia elétrica. Depois é que partiremos para atender as comunidades rurais, com a construção de pequenas usinas ou com a implementação de energia renovável, biodiesel ou energia solar, por exemplo." Ou seja, vale a máxima presidencial “Vamos fazer o fácil que o difícil é difícil”.
BATIZARAM O ROBÔ
Um robô de tecnologia inteiramente nacional resultado de 14 meses de trabalho da equipe do Cenpes-Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobrás, que será utilizado na coleta de informações e transmissão de dados em tempo real do projeto Piatam foi apresentado ao público, na última terça-feira, no auditório do Instituto de Tecnologia Genius, situado no Distrito Industrial de Manaus. Segundo o coordenador do laboratório de robótica do Cenpes, Ney Salvi, durante a palestra de apresentação, os robôs ambientais híbridos são “Uma inovação tecnológica com capacidade de locomoção e trabalho sofisticado em áreas inundadas”. Batizado com o nome de “Chico Mendes” - o protótipo tem estrutura oval composta de fibra de vidro e acrílico, câmeras de vídeo, braço robótico destinado à coleta de imagens e amostras, e bateria fotovoltaica que permite uma autonomia por até três horas de trabalho intermitente. Também é capaz de se deslocar sobre áreas alagadiças e vencer obstáculos em terra firme ou sobre a água, o “Chico Mendes” vai possibilitar a visualização e transmissão de mensagens e informações em tempo real de ecossistemas em áreas de difícil acesso com a vantagem de não colocar vidas humanas em risco. A FEIRA DO EMPREENDEDOR POPULAR
O nome Feira do Empreendedor Popular é ruim. Foi, na verdade, uma solução de emergência para tirar os camelôs das ruas. E ocuparam toda a praça, na Rogério Weber por trás dos Correios, local que já era mal utilizado como estacionamento. E o que querem fazer não é uma feira, mas um local permanente. Não ficou bom, principalmente porque ocuparam todo o espaço, lotando o local de “empreendedores populares”. Como solução temporária é até aceitável, porém duvido muito que funcione. A questão objetiva, e alguns dos contemplados já começam a reclamar, é que a localização dos camelôs nas praças e locais públicos tem uma forte razão econômica: as pessoas passam, obrigatoriamente, por esses locais. Não é o caso da nova feira que tem que atrair seus clientes. Por enquanto até que, para muitos, os resultados de vendas não tem sido dos piores, porém há os que sentem saudades dos antigos locais tanto que os mais rápidos já se movimentam em busca de outro tipo de solução. Também as tendas, com suas cores vermelhas e azuis, embora chamativas, não parecem ser bem adaptadas ao calor. Ali, em especial durante à tarde, sem nenhuma árvore, é duro de suportar e não convida ninguém a ir até lá. De qualquer forma vamos esperar mais para ver qual serão os desdobramentos.
MOSTRAVÍDEO ITAÚ CULTURAL
No próximo dia 19, começa no IAP e vai até o dia 23, em Belém do Pará, a Mostravídeo Itaú Cultural abrirá com quatro videopops de brasileiros, alguns co-produzidos com outros países. Leituras (Brasil/França, 2005), de Consuelo Lins, com fragmentos de leituras por passageiros nos metrôs e trens da França, captados por uma câmera de celular; Filmes De Bolso Para Viajantes: Volume 001 (SP, 2004), de Juliana Mundim, uma longa viagem por vários países. The Elephant Cage (Brasil/Alemanha, 2005), de Márcia Vaitsman, documenta Okinawa, uma ilha cercada pelo tempo. Em Sertão De Acrílico Azul Piscina (SP, 2004), Karin Ainouz e Marcelo Gomes mostram lugares remotos do sertão brasileiro, que revelam tradições e costumes regionais e globalizados. No dia 20 serão apresentados vídeos de viagem de Robert Cahen. Seu trabalho atualiza para o universo eletrônico a obra dos grandes pintores paisagistas. Cahen produziu Cartes Postales Vidéo (França, 1986) em parceria com Stéphane Huter e Alain Longuet. No trabalho mostra o que está por trás dos clichês de cartões-postais. Em Voyage D’Hiver (França, 1993), mostra uma poderosa viagem visual pela Antártida. Já em Plus Loin Que La Nuit (França, 2005), ele aborda impressões humanas de Hanoi. Falta, em Rondônia, iniciativas semelhantes.

Thursday, June 15, 2006

INTERSEÇÃO AMAZÔNICA 15.06


“A vida não consiste em ter boas cartas na mão e sim em jogar bem as que se tem”.
(Josh Billings, que, de forma alguma, escreveu isto pensando em José Sarney ou Renan Calheiros).

MEL EM ALTA
A Cooapa-Cooperativa Apícola Portal de Rondônia, que atua em Vilhena, Colorado e Cerejeiras, conta com 30 produtores filiados, mas sua produção tem capacidade de, a partir de 2007, atender todo o Estado. Por esta razão participaram da Expovel. De acordo com o presidente da cooperativa, Aldir Lauri Gerlach: “Nossa participação na Firon, que terminou no último domingo, tornou-se numa excelente oportunidade de divulgar e também conhecer o potencial consumidor, afinal, Porto Velho é a capital rondoniense e tem uma população estimada em 350 mil pessoas”. A produção anual de mel em Rondônia alcançou a casa das 100 toneladas/ano. Toda a produção é do tipo multifloral tendo seu pico, maior alta no período, entre abril e novembro, na estação quente da região amazônica. A Cooapa trabalha apenas com mel, porém pretende trabalhar, também, com a exploração de subprodutos do mel, como o pólen e a própolis. Para Lauri Gerlach, o setor produtivo apícola estadual trabalha na conscientização da população sobre a importância do consumo do mel de abelha na dieta das pessoas: “O mel é um alimento não apenas medicinal como se imagina. Por isto trabalhamos explicando os benefícios que o produto oferece à saúde. Enquanto os brasileiros consomem anualmente pouco mais de 300 gramas de mel por pessoa, na Europa, por exemplo, chega-se a 1,5 quilo por ano, aproximadamente”, informa o produtor. Um grande objetivo dos apicultores filiados à Cooapa é conseguir o selo do Serviço de Inspeção Federal-SIF para ter condições de exportar “especialmente o mel orgânico, que sem essa chancela do governo federal não há como comercializar. Podemos contar que em 2007, já de posse do SIF, poderemos exportar mel para a Europa”.
BRASIL PERDE FEIO
Levantamento feito entre os 32 países que jogam a Copa do Mundo sobre o consumo de cerveja mostra que o Brasil, apesar de ter na Ambev a 7ª cervejaria do mundo, perde e perde feio. Com 49 litros por pessoa/ano o Brasil é o 16º colocado em consumo de cerveja. Quem ganha disparado é a República Tcheca com 161 litros por pessoa/ano, seguido dos dono da casa, com 116 litros, depois a Inglaterra, 101 litros e a Austrália, com 95 litros. O consumo brasileiro gera um faturamento de R$ 10 bilhões anuais e anda meio estacionado, desde 1997, em torno dos 47 litros por pessoa/ano. Isto se reflete também nos gastos de propaganda que somente aumentaram 10% em relação ao ano passado enquanto em geral os investimentos em publicidade aumentaram em 21%. Curioso também é que as publicidades sejam eminentemente direcionadas para o público masculino quando a fatia de consumo feminimo esteja crescendo muito e já represente 33% do total mesmo que, como se saiba, a cerveja engorde. No entanto as mulheres bebedoras de cerveja são mais preocupadas com a silhueta que as mulheres em geral- é o que diz o Ibope Mídia.
AS FLORESTAS EM DEBATE
A última etapa da Série de Seminários Virtuais por Videoconferência foi realizada, nesta última segunda-feira (12), com objetivo de divulgar os resultados do Seminário de Política de Fauna Silvestre da Amazônia, ocorrido de 15 a 19 de maio. A promoção foi do Ministério do Meio Ambiente em parceria com o Instituto Banco Mundial para execução do Plano Regional de Capacitação Ambiental do Subprograma de Política de Recursos Naturais-SPRN. A videoconferência denominada “Valorização das Florestas” foi acompanhada, em Brasília, nas capitais da Amazônia Legal e Santarém (PA) nos auditórios do Banco da Amazônia. Participaram representantes das administrações públicas, órgãos estaduais de meio ambiente, Ministério Público, Universidades, ONGs, setor produtivo, sociedade civil e demais interessados no tema, dos estados da Amazônia Legal. Entretanto, apesar do esforço feito, a discussão foi muito prejudicada por coisas elementares como a interrupção ou o não funcionamento adequado do sistema de transmissão e a não distribuição de material capaz de situar os participantes muitos dos quais ficaram calados por não saber o que perguntar.
CONTRA OS BLOQUEIOS
As forças produtivas do Estado, em especial o comércio que já tem problemas demais com a enorme quantidade de feriados, reclamando que está virando brincadeira esta conversa de por dá cá aquela palha grupos de protestos bloquearem as ferrovias. O caso mais recente foi o do chamado Movimento Camponês Corumbiara-MCC que não se contentou em fechar a BR-364 apenas no sentido Cuiabá-Porto Velho e também fechou a estrada em direção ao Acre e a Guajará-Mirim causando imensos prejuízos, principalmente de bens perecíveis, de vez que caminhões tiveram que ficar no caminho por mais de dois dias. Por tal razão a Federação do Comércio do Estado de Rondônia-Fecomércio/RO tomou a iniciativa de escrever ao governador Ivo Narciso Cassol solicitando que sejam tomadas todas as providências não somente para terminar com o impasse existente como para que situações semelhantes não se repitam. O presidente Francisco Teixeira Linhares diz que o segmento “È a favor de todas as reivindincações que sejam justas, porém o direito de ir e ver, que é constitucional, deve ser respeitado”. De fato há um imenso abuso na utilização dos bloqueios sem considerar os prejuízos que causam a população como um todo.

INTERCESSÃO AMAZÔNICA 13.06


As funções públicas não podem ser consideradas como sinais de superioridade, nem como recompensa, mas como deveres públicos. Os delitos dos mandatários do povo devem ser severa e agilmente punidos”.

(Robespierre, na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1793.)

JUNIOR ACHIEVEMENT
A Junior Achievement é uma organização de educação em economia e negócios criada nos Estados Unidos, em 1919, atualmente presente em mais de 100 países. Seu objetivo se destina a despertar nos jovens alunos o espírito empreendedor, estimular o desenvolvimento pessoal, proporcionar uma visão do mundo dos negócios e facilitar o acesso ao mercado de trabalho. No caso particular de Rondônia sua implantação surgiu de uma proposta lançada em 2005, com o apoio do Sebrae Nacional na aplicação dos programas ‘Introdução ao Mundo dos Negócios’, para os alunos da 5ª série do Ensino Fundamental do Colégios Objetivo, da rede particular, e da Escola Antônio Ferreira, da rede pública. Assim, no último mês de maio, nasceu a Associação Junior Achievement no Estado. Neste ano, de 2006, além de diversificar os programas oferecidos, sua meta será a de ampliar o atendimento para cerca de 750 alunos em 15 escolas, e mobilizar 50 voluntários, que aplicam os programas em sala de aula. Segundo Rodrigo Miguel Trentin, gerente-executivo do Junior Achievement em Rondônia, para o lançamento do programa o esforço maior tem sido feito para captar os mantenedores, que são empresas com responsabilidade social preocupadas em qualificar e profissionalizar a mão-de-obra da região. São essas empresas da iniciativa privada que aportam as verbas para a compra do material utilizado nos cursos nas escolas e despesas administrativas. Em Rondônia, até agora, são mantenedores: Águas Kaiary, Brasil Telecom; Portocredi - Cooperativa de Crédito Rural de Porto Velho; Rondo Service e Termo Norte Energia.
GOLPES ELETRÔNICOS
Segundo o jornal “Diário de Cuiabá” cinco contas bancárias são alvo de movimentação financeira criminosa na capital do Mato Grosso. Os criminosos – chamados de bandidos eletrônicos ou digitais - conseguem a senha do titular da conta sacam, fazem transferência para conta de terceiros ou até contraem empréstimos deixando a dívida para o correntista. O bando, que se suspeita age há cerca de seis meses intensificou suas ações de maio para cá e já teria roubado mais de R$ 1 milhão de correntistas. A Polícia diz ser difícil chegar aos ladrões, pois usam equipamentos de última geração para acessar as contas bancárias, instalam um equipamento conhecido como “chupa-cabra” nos caixas eletrônicos. O furto num caixa eletrônico, como o sistema de segurança das agências filma os saques é mais fácil de ser controlado, mas a transferência eletrônica é muito mais difícil.Depende do rastreamento do IP (Internet Protocol) para saber de onde partiu a transação. Mesmo isto não garante a localização dos criminosos que usam, muitas vezes, um computador de uma lan house (casa de jogos eletrônicos).
OVINOS E CAPRINOS
O Líbano firmou o protocolo de intenção comercial com a Associação de Criadores de Ovinos e Caprinos do Pará -Acopa e com a Federação da Agricultura do Pará-Feapa para comprar 5 mil cabeças por mês. O problema é que o Estado não tem produção suficiente para atender a demanda. O presidente da Acopa, Joel Bitar, diz que a categoria é desorganizada, trabalhando sem conhecimento técnico e para o consumo familiar. Poucos empresários do setor contam com investimento profissional, direcionado ao melhoramento genético e ao sistema de corte em grande escala. Ainda assim o Pará já ocupa o topo do ranking de produção do Norte. Com modestos rebanhos de apenas 400 mil ovinos e 200 mil caprinos, se comparado aos rebanhos nacionais, de 18 milhões e 8 milhões de cabeças, respectivamente.No entanto a rentabilidade é maior que do gado bovino. Contribuem para isto as boas condições de clima, solo e pastagens e a grande extensão territorial. O melhoramento genético amplia esse horizonte, gerando animais resistentes e rústicos.
INTEGRAÇÃO É DISCUTIDA
Com as presenças do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo e do governador do Amazonas, Eduardo Braga, foi realizado ontem, 12 de junho, em Manaus na sede da Fieam-Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, a 1ª Rodada de Consultas Estratégicas do Brasil. O encontro, uma parceria com o governo do Amazonas, SUFRAMA e a Fieam, destinou-se à definição de uma visão estratégica sobre o processo de integração física dos países da América do Sul. A 1ª Rodada de Consultas Estratégicas integra um conjunto de ações dos 12 países sul-americanos que participam da Iirsa-Integração da Infra-Estrutura Regional Sul-Americana. Cada país reúne contribuições para que se construa uma visão estratégica e os meios de integração que interessam aos países sul-americanos. No Brasil, o Ministério do Planejamento optou pela realização da 1ª Rodada de Consultas Estratégicas, que incluiu uma reunião nacional, já ocorrida no Rio de Janeiro, três oficinas regionais e uma reunião final para consolidação das propostas. O secretário de Planejamento e Investimentos Estratégicos do Ministério e coordenador da Iirsa no Brasil, Ariel Paes, apresentou o projeto Iirsa e a estratégia de desenvolvimento do Brasil. No final do dia, foram feitas as recomendações da Região Norte para a integração física e econômica sul-americana.

INTERSEÇÃO AMAZÔNIA

“Uma amizade criada nos negócios é melhor do que negócios criados na amizade”
(John D. Rockfeller , que, decididamente não se pode acusar de não saber fazer negócios).

FUTEBOL & CERVEJA
Tradicionalmente a Copa do Mundo se transforma em motivo de festa e, falar em festa, não se pode prescindir de cerveja. E, nesta Copa, como os horários dos jogos não serão como foi na do Japão, nas manhãs e madrugadas, a expectativa é de que o consumo da cerveja deve aumentar bastante. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja –SINDCERV a previsão, em nível nacional, é a de que haja um aumento de 20% nas vendas para o período dos jogos, em comparação com os meses de junho e julho do ano passado. A base do cálculo são os pedidos das distribuidoras de cerveja que aumentaram em 20% seus estoques de bebida. Este incremento resulta em que o setor está sendo considerado um dos mais beneficiados pelo aquecimento da economia por efeito da Copa. Embora sem citar números um dos dirigentes da maior distribuidora de cerveja de Porto Velho, a DISMAR – Distribuidora de Bebidas São Miguel Arcanjo Ltda, afirmou que o consumo de cerveja é, usualmente, muito variável dependendo do clima e dos eventos, mas que, agora, com a Copa do Mundo se observa um aumento gradativo nas vendas que deverá crescer bastante se o Brasil ganhar o primeiro jogo e for adiante na competição. O fato é que os próprios fabricantes, com um olho no faturamento, aumentaram os gastos em publicidade e, alguns, como a Brahma que criaram pacotes e até uma cerveja específica para a Copa, a Brahma Bier, do tipo helles, originário da Alemanha, em edição limitada e desenvolvida com base em receitas alemãs. Também a Bavaria Premium aproveitou o momento da Copa do Mundo para criar um pacote de estratégias de marketing inspiradas no evento, que vão desde a lata temática até blogs e promoções nos pontos de vendas.
VALORIZAÇÃO DOS PRODUTOS
O Sebrae lançando, com organização de Vinícius Lages, Léa Lagares e Christiano Braga, o livro “Valorização de Produtos com Diferencial de Qualidade e Identidade: Indicações Geográficas e Certificações para Competitividade nos Negócios” que agrega uma série de artigos que procuram demonstrar a importância da qualidade e de suas certificações, como selos de qualidade e ISOs, para as pequenas e micro empresas, em especial as agrolimentares. Como o agronegócio tem aumentado sua participação nos resultados da balança comercial a inserção dos pequenos neste esforço passa, necessariamente, pelo reconhecimento da origem e da qualidade rural justamente onde a certificação e a qualidade são empecilhos. O livro aborda, por meios de vários artigos, o assunto de forma didática e esclarecedora.
PESQUISE AS FLORES
Dar flores no Dia dos Namorados é uma moda que nunca sai da moda. È recomendável e as mulheres gostam. Muitas adoram. No entanto o mercado de flores, em Porto Velho, mesmo estando em ascensão, muitas vezes, nesta época, se ressente de quantidade e de qualidade quando a procura se acentua. Daí meu conselho: pesquise e se antecipe, compre com antecedência. Numa breve pesquisa, comparando os preços das flores (buquês, vasos, ramos ou unidades) em quatro floriculturas de Porto Velho constatei que o preço de um mesmo produto pode variar em até 50% entre um estabelecimento e outro. E se pode verificar o absurdo de um botão da rosa vermelha custar três vezes mais do que em outro estabelecimento. Não tive tempo de averiguar. Talvez um deles compre fora e/ou de um produtor mais caro. No entanto para quem compra o que importa é a qualidade e o preço, logo se for dá flores, pesquise antes, e bom dia dos namorados.
PIM TEM RECEITA RECORDE
O espetacular aumento da receita do Pólo Industrial de Manaus-PIM, no primeiro quadrimestre deste ano, com uma alta no faturamento de US$ 7,2 bilhões, o equivalente a um aumento de 59% em relação a igual período de 2005, elevou a expectativa de faturamento, que se espera recorde, do Pólo em 2006. Na conferência ‘Zona Franca de Manaus - Potencial de Negócios e Oportunidades de Investimentos’ na última quarta-feira, dia 07, na sede da Fiesp-Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, promovida pela SUFRAMA- Superintendência da Zona Franca de Manaus, cuja superintendente, Flávia Grosso, afirmou que "A Copa do Mundo contribuiu muito para esse incremento. Afinal, todas as TVs produzidas no Brasil são fabricadas em Manaus”.
No evento foi divulgado que a previsão de receita das 400 empresas que compõem o Pólo Industrial de Manaus deve alcançar, em 2006, a marca de US$ 22 bilhões. O valor recorde é 16,4% superior aos US$ 18,9 bilhões do ano passado, quando o PIM atingiu a marca recorde de cem mil postos de trabalho diretos, o que representou um salto de 75% nos últimos cinco anos.

INTERSEÇÃO AMAZÕNIA

“O problema das cotas (nas universidades brasileiras) é que a universidade não terá utilidade alguma para o aluno se ele não estiver preparado”.
(Kwame Anthony Appiah, filósofo norte-americano especializado em diversidade cultural).

EXPOVEL
Em todos os sentidos a Exposição Agropecuária de Porto Velho – Expovel é um acontecimento, embora seja, entre todas, a mais estranha das feiras de agropecuária do Estado. É fato que, com exceção dos leilões, a exposição de animais e rodeios em nada lembra o country ou o rural. Está mais para uma feira de comércio. No entanto a cavalgada, seu desfile de início, já conquistou a população se tornando um marco e uma festa popular. Ontem, sábado, 03 de junho, não foi diferente. A cavalgada movimentou a cidade e terminou no Parque dos Tanques, reunindo milhares de pessoas. O evento pode até nem contribuir para expansão do agronegócio regional, mas que movimenta o comércio não há dúvidas. Até artigos rurais, digo “country”, como botas, cintos de fivela grande e chapéu de peão são vendidos, fora camisas,camisetas, adesivos, banners e faixas, publicidade em geral que giram em torno do evento. Sem contar que é uma festa para o comercio informal com vendedores de cachorro quente, de churrasquinhos, pipoqueiro e de bugigangas fazendo festa em torno do local da Expovel. E a juventude não deixa por menos se esbaldando, inclusive com alguns excessos. Faz parte.



A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
O presidente Lulla da Silva relembrou seus tempos de torneiro-mecânico ao aplicar o primeiro ponto de solda no gasoduto Urucu-Manaus, simbolizando o início das obras, esta semana passada, diante de mais de 20 mil pessoas que se comprimiam sob o calor de mais de 40º de um sol causticante de verão, no Centro Cultural “Carlos Braga”, em Coari. Modéstia, porém não passou por perto. Sapecou, no meio do discurso: “Hoje, graças a Deus, estamos aqui. E estamos aqui para dizer a vocês que é a segunda revolução industrial no Estado do Amazonas. A primeira foi a implantação da Zona Franca de Manaus. E a segunda é o gasoduto Coari-Manaus”. Ninguém disse para ele menos, presidente, menos. Afinal, finalmente, o gasosuto sai e não se vai reclamar de uma obra que gera 3.400 empregos diretos e 10 mil indiretos. Por tal razão não faltaram políticos, um séqüito imenso, inclusive o governador Eduardo Braga, o prefeito Serafim Corrêa (PSB) , o senador Gilberto Mestrinho (PMDB), deputados e vereadores.
REFEIÇÃO A R$ 1,00
Esta conversa fiada de comida de qualidade com preço baixo me cheira sempre a populismo. É verdade que pode dar certo se alguém subsidia a diferença, mas não pode ser o governo que, como se sabe, não faz funcionar bem nada que requeira permanência. O fato, porém é que estão repetindo a formula lá em Belém. O Governo do Estado, em parceria com a Companhia Paraense de Refrigerantes -Compar e a empresa Alimentos do Pará -Iapa, inaugurou o restaurante “Prato Popular” com capacidade para produzir 300 refeições por dia, ao preço de R$ 1 cada, que vai atender aos trabalhadores da feira do Entroncamento, no bairro da Marambaia. A vice-governadora Valéria Pires Franco destacou a importância do restaurante para o povo paraense afirmando que “É uma obrigação do Estado fazer o que estamos fazendo aqui. Este restaurante é mais um compromisso do nosso governo com a população. Ele surge da nossa preocupação com o bem-estar dos feirantes daqui do Entroncamento. Por isso, ele é também um ato de cidadania”. Não vamos discutir e sim acompanhar para ver se a experiência funciona. A vice-governadora também elogiou a Coca-Cola por investir em projetos sociais, o que demonstra, para ela, o compromisso da empresa com a responsabilidade social. Ela pediu que a iniciativa sirva de exemplo para outras empresas, porque considera que projetos como esses não beneficiam o governo ou as empresas, mas sim o povo que mais precisa.

CCE INVESTE E FATURA MAIS
A CCE da Amazônia, que iniciou sua produção de informática, em janeiro de 2006, investindo R$ 60 milhões, estima que seu faturamento este ano deve bater na casa dos 200 milhões somente com os computadores Info (público doméstico) e Corp (pequenas e médias empresas). Para 2007, a meta é mais ousada: R$ 300 milhões, ou seja, 7% do mercado nacional. O diretor da CCE, Marcílio Reis Junqueira, diz ser a verticalização dos componentes do novo item o forte de sua indústria que produz das embalagens às placas utilizadas no computador. Entrando num mercado de computadores que é promissor, e com as vendas espalhadas por 5.000 pontos de varejo no Brasil inteiro, a marca do computador CCE está se firmando em nível nacional. A empresa também vai iniciar a fabricação de monitores de LCD de 14’ em 50 dias e de computadores com placa de televisão ainda este mês, com previsão de lançamento no mercado em julho. A linha de notebooks ainda está em desenvolvimento, mas tem previsão de ser lançada no mercado antes do Natal.

INTERSEÇÃO AMAZÔNIA

"Não existe, por exemplo, uma contradição ou uma oposição entre escolas e presídios. Estabelece-la é criar uma falsa relação entre a pobreza e o crime. Os pobres, à diferença do que pensam seus falsos tutores, são dotados de uma severa moralidade. E a esmagadora maioria escolhe o caminho da luta incansável para sobreviver, não o da delinqüência ”.
(José Serra, recolocando a questão dos problemas de São Paulo no foco adequado. A questão não é a pobreza, mas a impunidade, os costumes e a educação).

AMAZÔNIA AO VIVO
A revista eletrônica "Amazônia Agora", programa apresentado ao vivo, de segunda a sexta, a partir das 13 horas, pela AmazonSat, que é a cara e a voz da Amazônia, criou um público fiel em todo o país por sua forma leve e agradável que leva ao público informação, entretenimento e entrevistas descontraídas. Na sua nova fase a apresentadora Tatiana Sobreira, uma simpática e performática apresentadora, está procurando dar cada vez mais ênfase à arte e cultura amazônica, inclusive aumentando a participação dos Estados de Rondônia, Amapá e Roraima e Acre. Em Porto Velho apresentou, durante o feriado da padroeira do Município, o seu programa diretamente da Casa de Cultura Ivan Marrocos com a presença do governador Ivo Narciso Cassol, o artista plástico Júlio Carvalho, o mais conhecido escultor do Estado, e exibiu as obras de arte em exposição e muitas das atrações turísticas do Estado. Tatiana, que permanece até sexta-feira entre nós, mostrou porque é uma das melhores apresentadoras da região não se perturbando com os problemas técnicos da transmissão e esbanjando talento e simpatia que cativou a todos os presentes e convidados. Não é à-toa que conquistou uma legião de fãs e, de fato, uma grande apresentadora.


URUCU É SOLUÇÃO
Embora a ministra Dilma Roussef tenha estimado que, com a licença ambiental liberada, o gasoduto Urucu-Porto Velho poderia ser iniciado no primeiro semestre tudo indica que isto dificilmente acontecerá em razão de problemas burocráticos. De qualquer forma o atraso, parece, não será muito grande porque a crise da Bolívia torna premente a diminuição do custo das usinas térmicas de Rondônia e do Acre que exigem a manutenção de um subsídio da ordem de R$ 4 bilhões anuais. Também o que sempre chamou a atenção foi o inexplicável desinteresse na construção dos gasodutos na Amazônia pela possibilidade concreta de se construir linhas de transmissão para interligar os atuais sistemas isolados de capitais como Manaus, Porto Velho, Rio Branco, Macapá e Boa Vista, ao sistema elétrico nacional com evidentes ganhos de segurança e de custos. A rigor a grande objeção sempre foi uma história de trancoso que é a dos riscos ambientais. Mesmo o gasoduto Coari-Manaus passa por um número reduzido de cidades, apenas oito possuem geradores para adaptar ao gás, porém, ainda assim, quando se faz as contas não há como não concluir que seja economicamente viável suprir com gasodutos o combustível necessário para que as usinas térmicas de Manaus, de Rondônia e do Acre não permaneçam dependentes de subsídios enquanto, inexplicavelmente, 90% do gás de Urucu continua a ser extraído e reinjetado. É uma coisa de maluco que somente se faz num país como o Brasil.
CAPITALIZAÇÃO CRESCE
Com as reservas do setor somando, em março, R$ 10,7 bilhões o mercado de títulos de capitalização fechou o primeiro trimestre de 2006 um índice 14% superior ao obtido no mesmo período de 2005. Também o faturamento mensal do segmento foi recorde com R$ 650,3 milhões. O total acumulado nesses três meses é de R$ 1,6 bilhão, o que mostra uma expansão de 5,5% sobre o ano passado. Rondônia ocupa o terceiro lugar com R$ 8,8 milhões da Região Norte, com o Pará na primeira posição com R$ 24,3 milhões de receita e seguido pelo Estado do Amazonas que faturou até março R$ 12,6 milhões. Rita Batista, presidente da Comissão de Capitalização da Fenaseg -Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e Capitalização, afirma que este desempenho reflete a confiança cada vez maior dos clientes em relação à capitalização como uma forma segura e programada de guardar dinheiro e salienta: “Com o cenário econômico estável, os consumidores têm condições de formar seu capital a médio e longo prazos e os títulos se tornam uma alternativa interessante para a realização de seus sonhos. A variedade de produtos é um dos fatores que auxiliam em seu dinamismo, já que eles são desenhados para atingir os mais diversos públicos”. É verdade, mas também conta que o setor, no momento atual, é um dos mais agressivos em termos de publicidade, vendas e telemarketing.
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
Segundo a Suframa -Superintendência da Zona Franca de Manaus, no período entre janeiro a março, a produção dos receptores decodificadores de sinais cresceu 16,6 no Pólo Industrial de Manaus, de tal forma que foram produzidos pelos fabricantes locais 766.84 mil aparelhos, ante ao montante de 657.36 mil fabricados em igual período do ano anterior. O mercado deve ficar mais aquecido por causa da demanda de televisores para Copa e o acesso à televisão digital. Algumas empresas já começaram a se preparar para esta demanda. É o caso da Thomson Multimídia que está investindo US$ 1 milhão para receber, nos próximos 12 meses, a tecnologia ledfree, que irá eliminar o resíduo chumbo de seu processo produtivo, a partir da aquisição de maquinários de última geração. O advento da ledfree faz parte dos investimentos de US$ 4,3 milhões, que a empresa vem fazendo, nos últimos dois anos, para aumentar, em 20%, a sua capacidade de produção.Além de retirar um dos componentes industriais mais poluentes do meio ambiente, com o investimento, a fábrica pretende ser referência em tecnologia de ponta na fabricação de aparelhos receptores de sinais no PIM.ACREDITE SE QUISER
O Mercosul assinou o protocolo de adesão da Venezuela como membro pleno do bloco comercial, o maior da América Latina, formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, informou a Chancelaria argentina. O documento, que fixa um prazo de quatro anos para a plena incorporação da Venezuela, foi assinado depois de intensas negociações em Buenos Aires. Entre outros pontos, estabelece prazos que chegam até 2013 para o livre-comércio entre Venezuela e o resto dos membros do Mercosul, assim como mecanismos de solução de controvérsias. A Chancelaria da Argentina, país que exerce a Presidência temporária do Mercosul, destacou que o bloco e a Venezuela "confirmam deste modo seu compromisso com a consolidação do processo de integração da América do Sul no contexto da integração latino-americana". Este processo "deve ser um instrumento para promover o desenvolvimento integral, enfrentar a pobreza e a exclusão social, baseado na complementação, a solidariedade e a cooperação", destaca a nota oficial divulgada. O protocolo inclui as pautas da adesão da Venezuela como quinto membro pleno do Mercosul "sob os princípios de gradualidade, flexibilidade e equilíbrio" e leva em conta "as assimetrias" econômicas entre os países envolvidos. Bom como não inclui um compromisso de bom comportamento de Chávez será que dá para acreditar?

INTERCESSÃO AMAZÔNIA

"Todos os que pretendem predizer ou prever o futuro são impostores, pois o futuro não está escrito em parte alguma, está por fazer”.
(Michel Godet, sobre a impostura dos que falam em nome do porvir).

DE CIMA PARA BAIXO
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ampliou em mais 60 mil hectares os limites da Reserva Biológica do Jarú que passa a possuir, agora, aproximadamente 350 mil hectares. A medida, como é comum em relação à Amazônia, foi tomada de cima para baixo sem considerar que a área já era ocupada desde 1977. Ou seja, os limites da reserva, que antes faziam divisa com propriedades privadas, se estenderam até o Rio Machado engolindo os direitos dos proprietários sob a alegação de que a ampliação deverá facilitar a fiscalização e a prevenção de invasões. As áreas desapropriadas com a ampliação serão indenizadas. Há!Há!Há! A reserva é fonte de grande riqueza biológica, pois apresenta espécies diversas de macacos, guaribas, micos, tamanduás, jacarés e tartarugas, mutuns e jacamins da região. Estudos apontam que possui cerca de duas mil espécies de peixes e foi considerada pelo governo como prioritária para a conservação. Criada em julho de 1979 para proteger amostras representativas da floresta amazônica, a reserva do Jarú possui também uma área de transição do bioma Amazônia para o Cerrado. É caracterizada pelo predomínio de Floresta Fluvial com cobertura vegetal do tipo Floresta Tropical Aberta com Palmeiras. Ninguém é contra a defesa do meio ambiente, mas qual a razão pela qual que é sempre feita à força?
MAPA DAS RIQUEZAS MINERAIS
O Estado do Amazonas passa a contar, a partir do próximo dia 30 de maio, com o mapa geológico dos recursos minerais do Estado, que será lançado durante a realização do Seminário de Geodiversidade da Amazônia. A iniciativa inédita é da Companhia de Desenvolvimento do Estado do Amazonas-CIAMA, com o apoio da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais/Serviço Geológico do Brasil-CPRM, ligada ao Ministério de Minas e Energia, que cedeu geólogos e outros profissionais técnicos para sua realização. O presidente da empresa, Aluízio Barbosa, explica que com o mapa se abrem oportunidades para se explorar as riquezas minerais amazonenses. “Tínhamos de buscar investidores, mas era preciso saber como ordenar a questão. Uma grande interrogação era quando pessoas de fora do Estado manifestavam interesse em nosso potencial mineral e não tínhamos como responder. Agora, estamos preparados para isso”. A Ciama se encarregou do financiamento e da administração do estudo, que não chegou a ter grandes dificuldades em função de a própria companhia e da CPRM dispor de dados preliminares como fotos de satélite e bancos de dados. Em termos práticos, o novo mapa representa uma fonte de pesquisas e um investimento do governo. “A partir deste trabalho o poder executivo poderá ordenar melhor as atividades de exploração, aplicar legislações especificas e atrair investidores”, diz o presidente. O estudo será disponibilizado no site da Ciama (www.amazonas.am.gov.br).
PROECOTUR
O Ministério do Meio Ambiente, como mais uma fase de implantação do Programa de Desenvolvimento do Ecoturismo na Amazônia-Proecotur, contratou um consórcio de empresas para a elaboração do Estudo de Mercado do Turismo Sustentável para a Amazônia, que deverá ser concluído em outubro. O estudo visa fornecer informações sobre os produtos e destinos turísticos da região. O perfil dos consumidores e o mercado potencial para o turismo na Amazônia também serão identificados com mais precisão, assim como os principais destinos concorrentes no cenário internacional. O objetivo é buscar subsídios para a construção da Estratégia de Turismo Sustentável para a Amazônia Legal, o próximo passo do Proecotur. O consórcio vencedor da licitação é composto pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas-Fipe da Universidade de São Paulo (USP), IPK International e Ruschmann Consulting. O grande problema é que se estuda, se estuda e de concreto nada se faz para resolver os dois grandes problemas de todos conhecidos: a) visitar a região implica em custos maiores; b) falta de infra-estrutura, inclusive das unidades de conservação. Os dois parques nacionais abertos para visitação em áreas de floresta: o da Amazônia, no Pará, e o do Jaú, no Amazonas. Juntos, receberam menos de 500 visitantes em 2005.
BOM SINAL
A Prefeitura de Porto Velho, em silêncio, mas sabiamente, reviu os erros cometidos na nova Praça das Caixas D’Águas. É o que se presume do fato de ter colocado as novas lixeiras que, por sinal, estão bonitas e adequadas. Poderia também repensar, rapidamente, a questão das artérias centrais que cedeu à União de forma apressada pensando que está se livrando de um problema e criando vários outros. Basta verificar que as constantes “blitzes” da Polícia Rodoviária Federal, embora por um lado tenha um efeito educativo, na prática, tem criado imensos problemas para veículos e motoristas. Principalmente sendo a Jorge Teixeira via de acesso ao aeroporto não é nada salutar, nem agradável, ser parado por patrulheiros que examinam sem a menor pressa ou preocupação documentos e estado dos veículos. Lógico que, quem já não está contente com os buracos da cidade, debita mais isto na conta do prefeito. E desnecessariamente.
AGORA VAI
O inicio da obra de instalação do gasoduto da bacia petrolífera de Urucu (AM) a Porto Velho deve ocorrer no próximo mês. Pelo menos é o garante a ministra Dilma Roussef que prometeu que “Irei a Porto Velho para o lançamento do gasoduto ainda no primeiro semestre”. Para ela, o gasoduto é obra prioritária do Governo Federal, e a única pendência de desapropriação das áreas da faixa de servidão, espaço de terra sobre o gasoduto, que deve estar devidamente sinalizada e demarcada, está sendo resolvida pela Petrobrás, conforme anunciou a ministra, estando tudo plenamente acordado com a Agência Nacional de Petróleo. Assim, agora, se espera que o projeto enfim saia do papel. A obra do gasoduto se tornou fundamental para o país com a crise da Bolívia e sempre foi importante para o desenvolvimento estadual por propiciar a realização de muitos outros projetos, como, por exemplo, um centro de formação tecnológica para uso do gás, capacitando pessoas a trabalhar com este tipo de energia contribuindo a geração de emprego e renda de Porto Velho.
NÃO É BRINCADEIRA
Há uma guerra estrangeira no Brasil. Em Santarém se instalou um clima de apreensão, e até medo entre os funcionários, diante das ameaças de invasão pelo Greenpeace à empresa Cargill Agrícola depois da notícia de suposta invasão ser veiculada em uma emissora de rádio local, várias pessoas, sobretudo, produtores, se dirigiram até à sede da empresa para manifestar apoio à Cargill e impedir a ação. O gerente comercial da multinacional, Antenor Giovanini, garante que se trata de um alarme falso. No entanto , uma lancha do grupo ativista despertou a atenção de funcionários da empresa que acionaram a Polícia Militar, porém, não houve qualquer investida contra o píer da Cargill mesmo tendo circulado uma nova ameaça de invasão também considerado alarme falso. De concreto há um barco que ronda o porto da empresa exibindo uma faixa com a frase: “Fora Cargill”. Apesar da campanha do grupo ativista contra a permanência da empresa no Município, Antenor Giovanini afirmou que a presença do Greenpeace não intimida a empresa, que está mais preocupada com o setor agrícola, que sofre com problemas para escoar a produção do Mato Grosso para Santarém. Giovanni, em nome da empresa, afirmou que “Nós não estamos preocupados com o Greenpeace. Queremos garantir o cumprimento dos nossos contratos e continuar contribuindo com o desenvolvimento econômico desta região. Essas ameaças surgem a cada dia e nos últimos dias, um barco tem rondado nosso terminal, mas é só isso. Não houve nenhuma investida de fato e esperamos que também não ocorra, porque se houver certamente vamos tomar as providências necessárias que o caso requer”.

INTERSEÇAO AMAZÔNIA

"O plano era faturar R$ 1 bilhão. Quem mandava eram Lula, Dirceu, Genoino, Mercadante. Tem muita gente importante envolvida. Vão me matar".
(Silvio Pereira, ex-secretário do PT em momento de desespero).

OS INDIOS E A MANIPULAÇÃO
A construção da hidrelétrica de Belo Monte pela Eletronorte está em disputa judicial desde 2001, quando o MPF no Pará ajuizou ação civil pública contra o licenciamento da usina, pela ausência de decreto legislativo autorizando o processo. Depois de sucessivas derrotas judiciais, a empresa voltou a insistir na obra no ano passado, com a aprovação do decreto legislativo 788, que sanaria, em tese, as falhas apontadas pela Procuradoria. No entanto, agora, o juiz federal Avio Mozar Ferraz de Novaes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, negou liminar aos recursos da Eletronorte e da Eletrobrás que pediam a continuidade dos Estudos de Impacto Ambiental da Hidrelétrica. A base é a de que, pelo menos, cinco reservas - Arara, Kararaho, Koatinemo, Paquiçamba e Trincheira Bacajá - podem ser impactadas pela usina, mas seus habitantes foram ignorados, quando editaram o decreto legislativo nº 788/2005. O decreto foi aprovado rapidíssimo mesmo, mas se espera que os índios não sejam como os daqui que até em fotos apareceram contra as usinas do Madeira, porém residiam no interior do Estado. Há um pessoal de ONG para o qual vale tudo. Até manipular índios.
A ESPERANÇA
A esperança do comércio de Porto Velho repousa no próximo Dia das Mães para reverter o quadro de baixas vendas no ano. A data, comemorada no segundo domingo de maio, é tida com dos melhores dias de faturamento ficando atrás apenas do Natal. E a um mês da Copa do Mundo, que movimenta a economia em diferentes segmentos, a perspectiva de negócios é amplamente favorável. Em especial para alguns produtos da linha branca, as televisões, com ênfase na de plasma e os celulares. Empresários locais apostam num crescimento de 5% em relação a 2005, expectativas semelhantes ao dos comércios de Manaus e Belém. Entre as grandes lojas os refrigeradores, lavadoras de roupas e microondas possuem, tradicionalmente, grande procura nessa época, mas os empresários acreditam que o destaque mesmo serão os eletroeletrônicos. Depois de quedas no faturamento nos meses anteriores, a data é a grande esperança para o setor. Muitos entendem que, agora, é a chance de recuperar os resultados negativos e com a boa fase comercial que se espera com a Copa do Mundo reverter o jogo para atingir o que, para eles, será o máximo de crescimento que o comércio poderá obter até o final do ano: um crescimento em torno de 5%. Esta é a aposta e a esperança, desde que o Brasil vá bem na Copa.
AH! OS SISTEMAS!
Espantosamente o Banco do Brasil desde segunda-feira até a tarde da terça-feira estava com seu sistema fora do ar. Aliás, é meio inexplicável a questão na medida em que os caixas eletrônicos funcionavam, mas o atendimento nos caixas não. Muita gente teve problema para pagar compromissos e há um problema sério como fica quem ia retirar dinheiro para pagar compromissos em outro banco? Ou receber de lá e não teve como? A explicação que deram foi de que o fato se repetiu em todo o país e era culpa da Embratel. Se assim foi. De fato, a questão é mais preocupante ainda. Em todo o país pessoas tiveram prejuízos.
OUTRO SISTEMA
Também o sistema de atendimento da Prefeitura Municipal de Porto Velho, na Carlo Gomes, entrou em colapso. Faz uns seis dias. Na tarde da terça retornou com imensas filas que fizeram uma grande parte das pessoas que precisavam pagar impostos, taxas ou mesmo tirar notas fiscais avulsas desistir. As queixas, malgrado o bom atendimento do pessoal, foram muitas, inclusive porque como centralizaram o atendimento (numa época em que tudo se procura descentralizar) tem exigido muita paciência de quem enfrenta as filas para resolver alguma coisa. O fato é que sem as unidades do Fácil a coisa ficou muito mais difícil. Para o contribuinte, é claro....
O BIONEGÓCIO DO JACARÉ
O negócio, agora, é jacaré no pantanal mato-grossense. A crocodilicultura vem se firmando no Pantanal como uma opção atrativa e rentável para os produtores da região, a maior planície alagada do mundo que compreende os estados de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul. Estima-se que 150 mil animais estão sendo criados em fazendas pantaneiras, embora a população global estimada de jacarés, no Pantanal, seja calculada em 20 milhões de jacarés. Para o pesquisador da Embrapa Pantanal e coordenador nacional do programa “Biologia, Conservação e Manejo de Crocodilianos Brasileiros” do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente -Ibama, Marcos Eduardo Coutinho, “A criação de jacaré tem se consolidado como uma alternativa a mais para as fazendas da planície pantaneira que, se bem administrada, é altamente lucrativa”. O especialista será um dos palestrantes do Enipec 2006 -Encontro Internacional dos Negócios da Pecuária, que acontece de 7 a 12 de maio em Cuiabá, com o tema “Tecnologia para a criação de jacaré do Pantanal”. A criação tem agregado valor e valorizado o ambiente natural pantaneiro com a utilização de uma espécie nativa trabalhada de forma planejada. O Pantanal de Mato Grosso é hoje o maior produtor de jacaré do país com 51 fazendas investindo no negócio.
BAVÁRIA PREMIUM
A Bavaria Premium, no seu primeiro ano de fabricação em Manaus, espera atingir 5% da participação do mercado local. A cerveja, agora é produzida na Femsa Cerveja Brasil, depois de uma pesquisa ter apontado que 50,7% dos consumidores preferem a cerveja do tipo premium. A produção inicial está sendo feita da cerveja retornável (garrafa de 600 ml), mas não se descarta a hipótese de que a empresa fabrique outras embalagens em Manaus, de acordo com o sucesso obtido no Estado.Para o supervisor de planejamento e marketing do grupo Simões, empresa que distribui o produto, Jean Favino, a Bavaria foi escolhida também porque a Kaiser não tinha nenhuma cerveja tipo premium que concorresse nesta categoria no Estado do Amazonas.A Bavaria Premium antes era produzida na cervejaria da Kaiser em Pacatuba, no Estado do Ceará, e enviada para o mercado local. Jean Favino assinalou que o diferencial da Bavaria Premium é a sua fórmula feita com 100% da matéria-prima malte. Em Manaus, são produzidas a Kaiser 600 ml, Kaiser Chopp, Bavaria Pilsen e, agora, a Bavaria premium. A Bavaria Premium ficou em terceiro lugar, em sua categoria, no concurso das melhores cervejas do Brasil.

INTERSEÇÃO AMAZÔNIA

“Cuidar da vida humana e da felicidade, e não de sua destruição, é o primeiro e único objetivo do bom governo”
(Thomaz Jefferson, Federalista e duas vezes presidente dos EUA ).

UM GRANDE SUCESSO
Usando o slogan “Vários estilos em um só lugar” a Feira de Artesanato, Flores Tropicais e Tecidos da Floresta, realizada, com o patrocínio e apoio do Sebrae de Rondônia, de quinta, 5, ao domingo,7, último, no Bingool Clube, foi um indiscutível sucesso. Em todos os momentos esteve lotada de pessoas para ver uma diversidade de produtos com alta qualidade. No sábado, então, houve uma superlotação. O grande destaque, malgrado a atenção que desperta o tecido da floresta e as flores tropicais, foi, sem dúvida, nenhuma a proliferação de biojoías. Fruto de um trabalho o artesanato de biojoías surge com um grande diversidade que demonstra o talento e a capacidade dos artistas locais com o aproveitamento da enorme variedade das sementes existentes na floresta. O local ajudou muito não só por ser central como também pela facilidade de estacionamento. De parabéns, portanto todos os envolvidos na feira. Como, segundo os próprios artesãos, a divulgação e um local adequado para a venda de seus produtos se constituem numa necessidade a idéia veiculada pelo publicitário Edwaldo Viecelli, da Oana Publicidade, para fazer no local uma feira permanente vem mesmo a calhar.

PROGEX
A técnica do Sebrae/RO, Vilma Piza Ramos, alerta sobre a utilização do Progex que é um Programa de Apoio Tecnológico à Exportação, uma ferramenta prática de apoio tecnológico à exportação, com o objetivo de gerar novos exportadores ou ampliar a capacidade de exportação de micro, pequenas e médias empresas, através da adequação técnica dos seus produtos a exigências de mercados específicos. O Progex dá apoio às empresas adequando seus produtos às exigências tecnológicas do mercado externo realizando trabalhos nas seguintes áreas: Apoio para a certificação de produtos e obtenção de marcações, como a marcação CE; Melhoria da qualidade dos produtos; Melhoria do processo do processo produtivo gerando produtos de qualidade diferenciada; Redução de custos; Superação de barreiras técnicas; Desenvolvimento de trabalhos de design; Adequação das embalagens dos produtos às necessidades do mercado internacional. No site http://portal.fucapi.br, podem ser obtidas maiores informações.
JUSTO PELO PECADOR
Expirou, no dia 28 de fevereiro, o prazo para prestação de contas da merenda escolar. Muitas prefeituras que deveriam apresentar relatórios dos recursos ao Programa Nacional de Alimentação Escolar-PNAE não o fizeram, principalmente na região Norte onde escolas de mais de 60 municípios ficarão sem merenda escolar por falta de prestação de contas. O Estado do Amazonas aparece batendo o recorde com 15 municípios. O grave é que erram os dirigentes e pagam as crianças. Ó país!


PURA ABERRAÇÃO
Pesquisa divulgada pelo IBGE informa que os trabalhadores brasileiros com mais de 11 anos de estudo foram os que tiveram as maiores perdas salariais entre 2002 e 2006. A queda girou em torno de 12% nos já quase 4 anos do governo do presidente Lulla da Silva. Ou seja, enquanto a tendência mundial é pagar mais para quem tem mais conhecimento o governo brasileiro vai na contramão do mundo inteiro. O dado só confirma a tese de que ter diploma no nosso país não assegura mais nada. Nem emprego nem sequer recomposição salarial. No Brasil o mundo é dos ignorantes. Ò país!
BONITO, MAS....
A inauguração da Praça das Caixas D’Águas foi o primeiro evento em que a Prefeitura conseguiu mostrar alguma coisa. A praça está bonita e merece elogios. Quem, porém passou no domingo para dar uma olhada, no entanto percebeu, claramente, os graves problemas que o projeto possui. Não se trata de um projeto adaptado à nossa realidade. Basta ver que não se fez nenhuma lixeira ou se pensou que, em geral, quem vai até ali são pessoas que não tem outro divertimento e vão precisar fazer as necessidades físicas e se alimentar. Mesmo sem muita gente pessoas estavam indo fazer xixi no canto da praça e crianças, que não foram contempladas com espaços apropriados, pisando na grama. Um prognóstico para o qual não é necessário ser nenhum vidente para acertar é o de que, em pouco tempo, os ambulantes encontrarão seu espaço por ali. Note que não se trata de ser contra nada nem ninguém. Apenas que Porto Velho não é Viena e possui seus próprios costumes entre os quais o fato que, grande parte da população, tem o hábito, aliás, nortista, de gostar de comer nas ruas. Logo não basta o projeto ser bonito. Precisa ser adequado.
O PREJUÍZO DA GREVE
Segundo informa o Ibama a greve dos servidores, iniciada sexta-feira passada, em Brasília, não afetará o trabalho de fiscalização e combate ao desmatamento, desencadeado no Plano de Monitoramento e Controle dos Desmatamentos na Amazônia Legal -PPCDAM, nem as ações de combate ao fogo nas florestas e de assistência a emergências ambientais. Por decisão do Conselho Gestor do Ibama, as operações de campo definidas em planejamento continuarão em vigor, pois são consideradas serviços essenciais (inclusive pela Justiça), por seu caráter de utilidade pública e de proteção do Meio Ambiente. No momento existem sendo executadas 23 operações em oito estados da Amazônia Legal. O maior número delas, 17, se concentram no Pará (8), seguido do Mato Grosso (6) e em Rondônia(3), estados onde os problemas são mais graves. O grande problema maior, para o setor produtivo, é a não emissão das Autorizações de Transporte de Produto Florestal –ATPFs, sem as quais nenhuma madeira pode ser transportada. A suspensão do atendimento prejudica as empresas, que não podem comercializar nem exportar seu produtos e ficam sujeitas ao pagamento de multas pelo não cumprimento dos contratos.

“Os bons vi sempre passar/No mundo graves tormentos./E para mais me espantar/Os maus vi sempre nadar/ Em mar de contentamentos”
(O poeta Camões não conheceu Rui Barbosa e muito menos andou pelo Brasil atual).

MUY AMIGO
A indiscutível amizade entre Evo Morales e Lulla da Silva está amplamente demonstrada. O Decreto Supremo diz que terão taxa extra jazidas com produção diária superior a 100 milhões de pés cúbicos - o que só é o caso dos campos de San Alberto e San Antonio, de onde a Petrobrás retira metade do volume do gás natural importado pelo Brasil, logo a tributação para 82% decidido pelo presidente boliviano somente atinge campos operados pela Petrobras. No entanto Lulla depois de afirmar que “uma nação não pode tentar impor sua soberania sobre as outras" voltou atrás e disse que "Reconhecemos o papel da Bolívia de definir sua soberania sobre suas riquezas minerais. (...) O Brasil não quer hegemonia, quer parcerias". No fundo se comporta ao sabor do momento. Uma hora diz que a Petrobrás não investe mais lá e depois volta atrás. Somente deixa transparecer o que já se sabe: não tem uma estratégia de ação. Levou uma volta e mesmo assim não cuida de acelerar investimentos, como o do gasoduto de Urucu, que reinjeta no solo 90% de sua produção e poderia, numa hora dessas, junto com o gás venezuelano, ser uma alternativa viável.
PASSAGEM DE ÔNIBUS MAIS CARA
Desde sexta-feira os usuários do transporte coletivo, na Região Metropolitana de Belém, estão pagando mais caro pela passagem de ônibus. O novo valor da passagem é de R$ 1,35 para qualquer lugar na Grande Belém. O valor da meia-passagem foi fixado em R$ 0,65, preço abaixo da metade da tarifa. O prefeito Duciomar Costa assinou o Decreto Nº 50.980/06 que elevou o preço da tarifa de coletivo urbano em R$ 0,10, contrariando os cálculos do Conselho Municipal de Transportes que aprovou, em abril, o valor para R$ 1,48 para a passagem e os empresários, que queriam que a tarifa ficasse ao menos em R$ 1,58. O prefeito de lá afirmou que “Jamais concordaria com um valor maior que o concedido porque sabe que a população de baixa renda é a mais afetada por qualquer tipo de reajuste”. Enquanto, em Rondônia, principalmente em Porto Velho se paga uma das mais caras passagens do país. Bom, pelo menos, agora, nós temos uma praça bonitinha...Com o patrocínio de Furnas, de fato, uma força para o Brasil.
PALMITO? AH! PALMITO.
No município de Barcelos, a 405 quilômetros de Manaus em linha reta, no Alto Rio Negro, será instalada uma nova indústria de beneficiamento de palmito, quase 15 anos depois do fechamento da unidade anterior, a Jauari Agro Industrial. O projeto é da Cooperativa Mista Agropecuária de Iranduba -Cooapir, com financiamento do Governo Estadual, por meio da Agência de Fomento do Estado do Amazonas-Afeam (lá tem dessas coisas), de R$ 1.204.854,19. A primeira parte desse investimento – R$ 251.433,61 – foi repassada para recuperação das instalações que serão as da antiga Jauari, localizadas em um terreno de 1,75 milhão de metros quadrados. No bairro de Nazaré, na sede municipal, já estão em fase de recuperação das estruturas e a limpeza, atividade que envolve cerca de 30 pessoas. Palmito me traz a lembrança de outra cooperativa, a Cooperama, que não se ouve mais nem falar nem se sabe que fim levou embora também estivesse programado industrialização de palmito e até exportação. Pode ser até que sobreviva, mas não dá o menor sinal de vida, bem ali depois de Itapoã do Oeste. Que há palmito, há.
TRÁFEGO COMPLICADO
A Associação dos Transportadores de Cargas de Mato Grosso (ATC/MT) calcula que mais de oito mil caminhões e carretas tiveram o tráfego impedido em razão dos protestos do movimento Grito do Ipiranga, deflagrado no dia 1º na região de Rondonópolis (210 quilômetros ao Sul de Cuiabá). Desde então, cerca de 300 mil toneladas (t) de produtos e cargas fracionadas -- grãos, industrializados, combustíveis, carnes e madeiras -- deixaram de sair diariamente do Estado. Autônomos e transportadoras calculam perdas diárias de R$ 12 milhões, que até ontem somavam R$ 48 milhões. O movimento contra a falta de uma política ao setor por parte da União entrou no 13º dia pelo Estado e no 19º dia desde o nascimento do movimento, no dia 17, em Ipiranga do Norte (162 quilômetros de Sinop, ao Norte estadual). RODANDO COM PREJUÍZO
O diretor executivo da ATC/MT, Miguel Mendes, afirma que “Somente nestes dias de manifestos a demanda por caminhões caiu em 90%”. Ainda assegura que o descasamento entre receita e despesa (como ocorre no agronegócio) é ponto “x” dos manifestos por estar obrigando as empresas e os autônomos a trabalhem com perdas de 20% sobre o custo de operação. “De um frete de R$ 1 mil, por exemplo, somente os custos com óleo diesel consomem cerca de R$ 500 a R$ 600, o restante, cerca de R$ 400, não é suficiente para cobrir os outros custos da planilha, como manutenção do caminhão e salários. Precisaríamos de uma recuperação de 20% da margem de lucro para empatar despesa e receita”. Ele acrescenta que depois de duas safras ruins ao Estado há uma oferta de frete maior que a demanda, “e isso derruba os preços ainda mais”. Os protestos em Rondonópolis também impedem a entrada e saída de grãos e produtos das esmagadoras instaladas na cidade. Mendes explica que tratores impedem o trânsito habitual nas multinacionais, de forma que “Permanece operando quem tem estoques, mas não escoa o farelo e nem o óleo de soja produzidos. Com o impedimento dos descarregamentos do grão, a paralisação temporária é inevitável”.

INTERSEÇÃO AMAZÔNIA

“Por mais que os petistas alardeiem o contrário, o Brasil é excepcionalmente carente em matéria de neoliberais, golpistas e udenistas. Tanto que, em toda a crise do mensalão, de julho do ano passado até agora, só nove tresloucados apresentaram pedidos de impeachment contra Lu(l)la”.

(Diogo Mainardi, jornalista, que pediu o impeachment de Lulla da Silva copiando o documento que serviu de base ao impeachment de Collor).

Desnudando a vergonha do gás

A crise do gás boliviano tem um componente que merece pouca atenção da imprensa nacional sempre apressada em noticiar os males da Amazônia. Não se fala absolutamente nada sobre a completa falta de visão que representa o adiamento sistemático, não somente neste como no governo passado, do aproveitamento do gás de Urucu que aproveita apenas 10% do que se retira do solo utilizado. Pasmem! Do gás produzido, retirado 90% continua sendo reinjetado para não ser perdido com um enorme prejuízo enquanto pagam fortunas para produzir por meio das termoelétricas, vide Termonorte, a Guascor, o consumo do Estado do Acre (que não é nada ecológico na questão) e em muitas outras regiões da Amazônia nas quais se utiliza a geração de energia termoelétrica. O nome disto é um só: descaso. Descaso que se transforma em antipatriotismo quando se investe em gasodutos na Bolívia para ter os problemas previsíveis que se está tendo e não se investe aqui, apesar de estarmos desperdiçando tempo e dinheiro. Se o castigo antes vinha a cavalo, agora, o castigo vem via televisão e Internet. É praticamente instantâneo. E com dirigentes como Evo Morales e Chávez acompanhado de enorme propaganda e doses maciças de um nacionalismo arcaico e xenófobo. Lulla da Silva até para escolher amigos internacionais não tem muito gosto.

A Doutrina Simão

A explicação que o presidente do INSS, Valdir Moysés Simão, deu para a Rede Globo de que as filas do órgão se devem a uma “questão cultural” dado que “o segurado tem receio e acaba chegando muito cedo” é um retrato do descaso com os contribuintes. Algo semelhante ocorre com as filas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica que haviam sido eliminadas das calçadas e da Presidente Dutra, em Porto Velho, por uma organização interna que mereceu os maiores elogios. No entanto estranhamente as filas voltam. Deve ser mesmo “questão cultural”. As filas do Banco do Brasil, certamente, são. É incrível como um banco consegue ser tão eficiente e moderno em certos pontos, o atendimento eletrônico é um deles, e tão atrasado em outros. É impossível, exceto com enorme sofrimento, se pagar qualquer coisa que exija uma ida aos seus caixas e, em alguns dias, mais concorridos os caixas eletrônicos sempre dão problemas aos pares. Por sinal na véspera de um desses feriadões a irritação dos clientes era enorme porquê, inexplicavelmente, só um caixa eletrônico aceita depósitos na agência que cuida de pessoas jurídicas e institucionais. Sete pessoas esperavam impacientemente um Office-boy que colocou uns quinze envelopes de depósito no caixa nem sempre com a devida competência e velocidade. A razão para só ter um caixa que aceita depósito até agora ninguém soube explicar, inclusive o atendente do setor que, pelo menos, foi sincero e disse que não sabia.

Incompetência Endêmica

Doenças que pareciam erradicadas como tuberculose, a dengue e a malária no governo Lulla da Silva, graças ao descaso com a prevenção, voltaram com força total. Mesmo com as estatísticas sanitárias deficientes que o país tem os dados apontam para o recrudescimento da malária que dos 350 mil casos observados, em 2002, voltaram ao patamar acima dos 600 mil pertencentes ao século passado. A questão se torna ainda mais grave quando se verifica que houve um crescimento acima de 200% nos Estados do Amazonas, Rondônia e Acre e, concomitantemente, os recursos destinados a combater, por exemplo, a malária aumentaram em 25%, ou seja, piorou mesmo foi a gestão da saúde com a identificação rápida dos casos e as medidas profiláticas que antes sempre foram tomadas. O problema não é, portanto da doença ser endêmica e sim a incompetência.

È a Pré-Empresa

O presidente do SIMPI/RO, Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias de Rondônia, Leonardo Heuler Calmon, que sempre costuma estar na vanguarda dos movimentos pela micro e pequena empresa chama a atenção para o fato de que a Lei Geral não somente tirou o foco como tornou completamente esquecida a idéia de maior atenção as “pré-empresas”. Para Leonardo, na atualidade, com a imensa carga tributária, os problemas de capital de giro e os custos da mão de obra e da formalização, seria indispensável que se criasse uma legislação específica que dê um certo tempo para as empresas se estruturarem antes de começar a ter condições de pagar por sua existência. Na prática sua visão é a de que o governo somente teria a ganhar se estabelecesse condições diferenciadas para quem começa como um incentivo ao empreendedorismo e uma forma de retirar o empresariado da informalidade. Há diversas sugestões a respeito e, efetivamente, é uma idéia fértil que merece maior atenção das autoridades e parlamentares.

INTERSEÇÃO AMAZÔNICA


“Se o brasileiro não fosse um povo tão benevolente, nenhum governante sairia vivo do palácio”'.
(Dom Mauro Morelli, presidente do Conselho de Segurança Alimentar e do programa “Prazer em Conhecê-lo”, da Rede Vida.)
AINDA SEM CLIMA
Embora estejamos a menos de dois meses da Copa do Mundo 2006, que começa no dia 9 de junho, na Alemanha, o comércio, que anda com as vendas em baixa, se queixa de que o clima do maior campeonato de futebol do planeta não baixou no Estado. As vendas dos artigos verde-e-amarelo continuam fracas e a esperança dos vendedores ambulantes e lojistas é de que se aqueçam a partir da segunda quinzena de maio. Nem mesmo com a variedade de artigos e as promoções (com lojas já despontando nas cores nacionais) o clima pega, embora os decoradores e estilistas digam que há uma febre das cores verde e amarelas que está se estendendo para objetos, roupas, colares, pulseiras e brincos. Muitos empresários acreditam que as vendas serão boas mesmo com a falta atual de compradores. Um sintoma para eles reside no fato de que as pessoas entram nas lojas, passeiam e não compram porque, dizem, ainda estão na fase de pesquisar preços. Assim a questão, agora, seria das lojas se prepararem, com as decorações de ambiente e estoque, para faturar depois. Só quando os torcedores decorarem as ruas, próximo ao campeonato, no final da maio é que as coisas acontecerão e se a Seleção jogar bem aí é partir para o abraço que vai dar samba. Um único produto já dá sintomas de que a copa está influenciando que é o da venda de televisores.
A META É RECUPERAR
As principais lojas de Porto Velho, porém ainda estão se preparando para campanhas promocionais relativas ao próximo dia 14 de maio, o Dia das Mães, que é considerado o segundo maior período de vendas para o comércio varejista. Como, em março, o desempenho comercial apresentou declínio estimado em cerca de 3%, comparado a igual período do ano anterior, os lojistas se preparam este mês, com ações estratégicas de marketing, para aumentar a demanda de compradores nos próximos meses. O resultado mais perceptível desta escalada está na oferta de promoções que abrangem descontos de até 50% nos preços dos produtos, bem como novas atrações para os consumidores que vão de serviços gratuitos, como depilação e cabeleireiro, a formas mais longas de pagamento e entrega de produtos nas residências. Há uma crescente expectativa de boas vendas em relação a vestuário, produtos de beleza e na linha de eletrodomésticos. Ainda assim muitos empresários confessam que sua meta é recuperar o declínio do faturamento obtido nos três primeiros meses do ano. Poucos esperam um crescimento muito acentuado de vendas em relação ao ano passado. Quem está mais otimista espera fechar o semestre com, no máximo, um faturamento 5% acima de 2005.
CRISE NO AGRONEGÓCIO
No Mato Grosso a grande decepção corre por conta da safra 2005/06 da soja. Ainda sem terminar a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado-FAMATO afirma que o produtor já contabiliza um saldo negativo de US$ 200 por hectare (ha). Com base na área estimada de 5,9 milhões/ha destinada à soja, calcula-se que as perdas somariam algo em torno de US$ 1,18 bilhão, ou seja, um prejuízo de R$ 2,5 bilhões, levando em conta o preço médio de R$ 16 pela saca de soja e de R$ 2,11 para a cotação do dólar. A entidade tenta criar um cenário que possibilite a recuperação da renda dos produtores protocolando uma ação na Justiça Federal, em Cuiabá, de fato uma Ação Civil Pública com Antecipação de Tutela contra a União. Trata-se de causa jurídica inédita por ser a primeira a pedir a revisão e a atualização dos preços mínimos para as principais culturas mato-grossenses, como soja, algodão, milho e arroz. O argumento da assessoria jurídica da Federação se baseia na exigência do cumprimento do artigo 187, parágrafo II, que prevê “preços compatíveis com o custo de produção e garantia de comercialização”.
CUMPRIMENTO DA LEI
O assessor jurídico Luiz Alfeu Moojem Ramos da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso utilizou como embasamento da ação o Estatuto da Terra que assegura que o produtor tem direito a preços mínimos que garantam uma rentabilidade de 30% na sua atividade. Segundo ele o que se está exigindo é apenas o cumprimento da lei. O presidente da Famato, Homero Pereira, explica que a política de preços mínimos está “defasada em relação ao que prega a lei”. Para ele, levando em consideração o Estatuto, a saca de 60 quilos de soja no Estado deveria ter um preço mínimo de R$ 37,90, contra os R$ 14 definidos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Somente com a soja há perda de R$ 23,90 por saca. A partir de agora vamos à exaustão e esgotar todas as possibilidades sob o amparo da lei”, garantiu.
SENSORIAMENTO REMOTO
Começou nesta última quarta-feira, 26, e vai até a sexta, 28 de abril, o I Curso de Sensoriamento Remoto para Estudo de Ecossistemas Costeiros Tropicais, uma ação do Centro Regional de Educação em Ciência e Tecnologia Espaciais para a América Latina e Caribe, instituição ligada à Organização das Nações Unidas, ONU, em Belém do Pará. No curso estão presentes algumas das maiores autoridades da América Latina e Caribe em estudos de monitoramento ambiental por imagens óticas e de radar geradas por satélites. Seu objetivo é o de atualizar os pesquisadores sobre o que há de mais novo em tecnologia disponível na área para o estudo de ecossistemas costeiros tropicais, bem como dividir boas experiências de projetos realizados. È uma boa dica para faculdades do Estado. Com a implantação do SIPAM a necessidade de profissionais que entendam de sensoriamento remoto deve se intensificar e, daqui a pouco, até o planejamento das cidades deve ser feito por imagem.
CRESCEM AS QUEIXAS
Se antes era somente o comércio que se queixava das promoções das empresas aéreas que, segundo os empresários, representa um enorme vazamento de recursos do Estado, pois as famílias mais ricas estão gastando seu rico dinheirinho fora, agora, novos segmentos começam a reclamar da questão. É o caso de empresas de transportes rodoviários e fluviais, esta última segundo estimativa enfrenta uma redução de 80% em relação ao mesmo período do ano passado. Os armeiros, que transportavam muita gente para Manaus, estão enfrentando uma sensível diminuição dos passageiros por conta do fato de que a passagem aérea está custando 50% da por navegação fluvial. Outra ironia, na questão, é que os próprios defensores da Varig afirmam que o governo, além de não pagar o que deve à empresa, é responsável por grande parte de suas dificuldades, na medida em que permite a “concorrência predatória”, ou seja, a redução do custo das passagens que não teria embasamento econômico e está sendo feita somente para eliminar os concorrentes. Será?
BASA CULTURAL
Acontece, neste fim de semana, em Ji-Paraná, dias 29 e 30 de abril, o “IX Encontro das Agencias do Banco da Amazônia”, o evento faz parte do processo de modernização que busca melhorar o desempenho de suas equipes, trocar experiências e melhorar a comunicação da instituição. A grande novidade do encontro serão os espetáculos culturais com os empregados do Banco da Amazônia participando de performances previamente escolhidas pelos participantes. Pena que será restrito, pois, certamente, muitas pessoas gostariam de assistir o superintendente do Banco da Amazônia em Rondônia,Wilson Evaristo, encarnar sua “porção global” como Amo de Boi-Bumbá e Idalina como Sinhazinha da Fazenda. Por sua vez a equipe que representa o Acre faz uma adaptação do hino do Acre e um esquete da relação entre o índio e o seringueiro; O Pará traz a dança do carimbó e Mato Grosso o ritmo do rasqueado. Afora as apresentações culturais também haverá, no dia 30, a realização da palestra do consultor de empresas, empresário e escritor Gilberto Wiesel, “Motivação para a Vida”. Gilberto Wiesel, um especialista em treinamento de Diretores Supervisores, Gerentes e Vendedores, é reconhecido por seu talento motivacional com foco na transformação pessoal, formação de líderes e empreendedores. Seu trabalho prioriza a busca constante da renovação, objetivando uma adequação às mudanças de cenários que envolvem o mundo corporativo.