INTERSEÇÃO AMAZÔNIA

Uma coluna de comentários gerais sobre assuntos da Amazônia e/ou que tenham interesse ou impacto sobre a Região.

Thursday, June 15, 2006

INTERSEÇÃO AMAZÔNICA


“Se o brasileiro não fosse um povo tão benevolente, nenhum governante sairia vivo do palácio”'.
(Dom Mauro Morelli, presidente do Conselho de Segurança Alimentar e do programa “Prazer em Conhecê-lo”, da Rede Vida.)
AINDA SEM CLIMA
Embora estejamos a menos de dois meses da Copa do Mundo 2006, que começa no dia 9 de junho, na Alemanha, o comércio, que anda com as vendas em baixa, se queixa de que o clima do maior campeonato de futebol do planeta não baixou no Estado. As vendas dos artigos verde-e-amarelo continuam fracas e a esperança dos vendedores ambulantes e lojistas é de que se aqueçam a partir da segunda quinzena de maio. Nem mesmo com a variedade de artigos e as promoções (com lojas já despontando nas cores nacionais) o clima pega, embora os decoradores e estilistas digam que há uma febre das cores verde e amarelas que está se estendendo para objetos, roupas, colares, pulseiras e brincos. Muitos empresários acreditam que as vendas serão boas mesmo com a falta atual de compradores. Um sintoma para eles reside no fato de que as pessoas entram nas lojas, passeiam e não compram porque, dizem, ainda estão na fase de pesquisar preços. Assim a questão, agora, seria das lojas se prepararem, com as decorações de ambiente e estoque, para faturar depois. Só quando os torcedores decorarem as ruas, próximo ao campeonato, no final da maio é que as coisas acontecerão e se a Seleção jogar bem aí é partir para o abraço que vai dar samba. Um único produto já dá sintomas de que a copa está influenciando que é o da venda de televisores.
A META É RECUPERAR
As principais lojas de Porto Velho, porém ainda estão se preparando para campanhas promocionais relativas ao próximo dia 14 de maio, o Dia das Mães, que é considerado o segundo maior período de vendas para o comércio varejista. Como, em março, o desempenho comercial apresentou declínio estimado em cerca de 3%, comparado a igual período do ano anterior, os lojistas se preparam este mês, com ações estratégicas de marketing, para aumentar a demanda de compradores nos próximos meses. O resultado mais perceptível desta escalada está na oferta de promoções que abrangem descontos de até 50% nos preços dos produtos, bem como novas atrações para os consumidores que vão de serviços gratuitos, como depilação e cabeleireiro, a formas mais longas de pagamento e entrega de produtos nas residências. Há uma crescente expectativa de boas vendas em relação a vestuário, produtos de beleza e na linha de eletrodomésticos. Ainda assim muitos empresários confessam que sua meta é recuperar o declínio do faturamento obtido nos três primeiros meses do ano. Poucos esperam um crescimento muito acentuado de vendas em relação ao ano passado. Quem está mais otimista espera fechar o semestre com, no máximo, um faturamento 5% acima de 2005.
CRISE NO AGRONEGÓCIO
No Mato Grosso a grande decepção corre por conta da safra 2005/06 da soja. Ainda sem terminar a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado-FAMATO afirma que o produtor já contabiliza um saldo negativo de US$ 200 por hectare (ha). Com base na área estimada de 5,9 milhões/ha destinada à soja, calcula-se que as perdas somariam algo em torno de US$ 1,18 bilhão, ou seja, um prejuízo de R$ 2,5 bilhões, levando em conta o preço médio de R$ 16 pela saca de soja e de R$ 2,11 para a cotação do dólar. A entidade tenta criar um cenário que possibilite a recuperação da renda dos produtores protocolando uma ação na Justiça Federal, em Cuiabá, de fato uma Ação Civil Pública com Antecipação de Tutela contra a União. Trata-se de causa jurídica inédita por ser a primeira a pedir a revisão e a atualização dos preços mínimos para as principais culturas mato-grossenses, como soja, algodão, milho e arroz. O argumento da assessoria jurídica da Federação se baseia na exigência do cumprimento do artigo 187, parágrafo II, que prevê “preços compatíveis com o custo de produção e garantia de comercialização”.
CUMPRIMENTO DA LEI
O assessor jurídico Luiz Alfeu Moojem Ramos da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso utilizou como embasamento da ação o Estatuto da Terra que assegura que o produtor tem direito a preços mínimos que garantam uma rentabilidade de 30% na sua atividade. Segundo ele o que se está exigindo é apenas o cumprimento da lei. O presidente da Famato, Homero Pereira, explica que a política de preços mínimos está “defasada em relação ao que prega a lei”. Para ele, levando em consideração o Estatuto, a saca de 60 quilos de soja no Estado deveria ter um preço mínimo de R$ 37,90, contra os R$ 14 definidos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Somente com a soja há perda de R$ 23,90 por saca. A partir de agora vamos à exaustão e esgotar todas as possibilidades sob o amparo da lei”, garantiu.
SENSORIAMENTO REMOTO
Começou nesta última quarta-feira, 26, e vai até a sexta, 28 de abril, o I Curso de Sensoriamento Remoto para Estudo de Ecossistemas Costeiros Tropicais, uma ação do Centro Regional de Educação em Ciência e Tecnologia Espaciais para a América Latina e Caribe, instituição ligada à Organização das Nações Unidas, ONU, em Belém do Pará. No curso estão presentes algumas das maiores autoridades da América Latina e Caribe em estudos de monitoramento ambiental por imagens óticas e de radar geradas por satélites. Seu objetivo é o de atualizar os pesquisadores sobre o que há de mais novo em tecnologia disponível na área para o estudo de ecossistemas costeiros tropicais, bem como dividir boas experiências de projetos realizados. È uma boa dica para faculdades do Estado. Com a implantação do SIPAM a necessidade de profissionais que entendam de sensoriamento remoto deve se intensificar e, daqui a pouco, até o planejamento das cidades deve ser feito por imagem.
CRESCEM AS QUEIXAS
Se antes era somente o comércio que se queixava das promoções das empresas aéreas que, segundo os empresários, representa um enorme vazamento de recursos do Estado, pois as famílias mais ricas estão gastando seu rico dinheirinho fora, agora, novos segmentos começam a reclamar da questão. É o caso de empresas de transportes rodoviários e fluviais, esta última segundo estimativa enfrenta uma redução de 80% em relação ao mesmo período do ano passado. Os armeiros, que transportavam muita gente para Manaus, estão enfrentando uma sensível diminuição dos passageiros por conta do fato de que a passagem aérea está custando 50% da por navegação fluvial. Outra ironia, na questão, é que os próprios defensores da Varig afirmam que o governo, além de não pagar o que deve à empresa, é responsável por grande parte de suas dificuldades, na medida em que permite a “concorrência predatória”, ou seja, a redução do custo das passagens que não teria embasamento econômico e está sendo feita somente para eliminar os concorrentes. Será?
BASA CULTURAL
Acontece, neste fim de semana, em Ji-Paraná, dias 29 e 30 de abril, o “IX Encontro das Agencias do Banco da Amazônia”, o evento faz parte do processo de modernização que busca melhorar o desempenho de suas equipes, trocar experiências e melhorar a comunicação da instituição. A grande novidade do encontro serão os espetáculos culturais com os empregados do Banco da Amazônia participando de performances previamente escolhidas pelos participantes. Pena que será restrito, pois, certamente, muitas pessoas gostariam de assistir o superintendente do Banco da Amazônia em Rondônia,Wilson Evaristo, encarnar sua “porção global” como Amo de Boi-Bumbá e Idalina como Sinhazinha da Fazenda. Por sua vez a equipe que representa o Acre faz uma adaptação do hino do Acre e um esquete da relação entre o índio e o seringueiro; O Pará traz a dança do carimbó e Mato Grosso o ritmo do rasqueado. Afora as apresentações culturais também haverá, no dia 30, a realização da palestra do consultor de empresas, empresário e escritor Gilberto Wiesel, “Motivação para a Vida”. Gilberto Wiesel, um especialista em treinamento de Diretores Supervisores, Gerentes e Vendedores, é reconhecido por seu talento motivacional com foco na transformação pessoal, formação de líderes e empreendedores. Seu trabalho prioriza a busca constante da renovação, objetivando uma adequação às mudanças de cenários que envolvem o mundo corporativo.

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