INTERSEÇÃO AMAZÔNIA

Uma coluna de comentários gerais sobre assuntos da Amazônia e/ou que tenham interesse ou impacto sobre a Região.

Saturday, April 22, 2006

INTERÇESSÃO Nº 004


“Lula, o chefão, nem se incomodou. Como o Aníbal de Santa Catarina, também deve achar que, se Jesus, que é Jesus, morreu na cruz entre dois ladrões, por que ele, um humilde torneiro-mecânico do ABC, não podia governar entre os dois principais quadrilheiros da ‘organização criminosa’, auxiliados por mais 38 dirigentes do PT, membros e aliados do governo? Lula leu a lista e reclamou na hora: ‘Cadê o Palocci?’"
(Sebastião Nery, jornalista, sobre a reação de Lula à denúncia do Ministério Público Federal dos 40 companheiros envolvidos no mensalão.)

Desenvolvimento Sustentável
No auditório do Banco da Amazônia, em Porto Velho, nesta terça-feira, 18 de abril, com o apoio da Secretária do Planejamento do Estado de Rondônia, do SEBRAE/RO e da Agência de Desenvolvimento da Amazônia-ADA o consultor Paulo Brasil, da Personal, uma empresa cearense especializada em Gestão Participativa, dirigiu o ‘Seminário de Parceiros do Estado visando a construção de uma rede regional pelo Desenvolvimento Sustentável da Amazônia”. A idéia principal é a de construir um espaço de integração dos diversos agentes regionais para serem co-responsáveis por políticas, planos e estratégias que expressem as aspirações e necessidades dos habitantes da Amazônia e sejam adequadas e benéficas ao interesse do país e da humanidade. De fato, a partir da iniciativa do Basa, porém não sob seu comando nem de nenhuma instituição, o que se procura é criar uma rede regional capaz de mover contínuamente iniciativas compartilhadas que beneficiem a região para obter, de forma mais fácil, o desenvolvimento sustentável.
PIATAM OESTE
Numa iniciativa da Universidade de Rondônia e da Petrobrás também está sendo realizado no Salão Netuno do Aquarius Selva Hotel durante os três dias (17,18 e 19 de abril) o Workshop do Piatam (Potenciais Impactos de Riscos Ambientais da Indústria do Petróleo e Gás da Amazônia) Oeste. De fato é a reunião, por meio de um Congresso Internacional, da iniciativa da Petrobras, em conjunto com a UNIR, de envolver a comunidade acadêmica na solução dos problemas energéticos e sociais da região. Quem coordena o projeto em nível estadual é o próprio reitor Ene Glória, porém as mais relevantes personalidades da universidade rondoniense se encontra presente buscando discutir como serão levados adiante importantes projetos a serem financiados pela maior empresa de combustíveis do nosso país.
Por falar em universidade...
É calamitosa a situação da BR-364 no trecho entre o trevo da Eletronorte e a UNIR. Principalmente quando chove, com a sucessão infindável de buracos, a má iluminação e a direção perigosa e velocidade com que os veículos trafegam tornam a estrada um potencial local de desastres. Impossível aceitar que um trecho que é, obrigatoriamente, utilizado pela elite universitária local fique tão abandonado. È caso de polícia! E, diga-se de passagem, não rodoviária.
Chuvas e frio
Chuvas estão acontecendo em todo canto. Seja em Manaus, Cuiabá, Belém, e Ananindeua, tanto que lá obrigou o uso de botas e barcos. A diferença é de atitude dos administradores diante das inundações, dos esgotos e dos buracos. Em Porto Velho não está havendo uma ação nem proativa nem curativa. Esta a razão pela qual o presidente da Fecomércio, Francisco Linhares Teixeira, reclamou encarnando a reclamação de toda a classe comercial, principalmente das ruas 7 de Setembro e Calama que amargaram pesados prejuízos com as águas inundando as lojas e quase cobrindo os veículos que ficaram atolados nas ruas. Também o desentupimento dos esgotos, o lixo e a falta de tapar os buracos colaboram para aumentar as reclamações. Há também o fato de que, quando tapam os buracos, como na Jatuarana, uma imitação da sofrida BR-364, os funcionários da prefeitura jogavam literalmente asfalto nos buracos. De fato colocar asfalto frio no buraco do jeito que fizeram é jogar dinheiro no mato. E não é crítica, mas um alerta para quem cuida da questão. O frio que, nos últimos dias tem aportado na capital, ajudou, pelo menos, a que alguns buracos fossem tapados.
Crescendo por Tabela
O crescimento da produção de televisores no Pólo Industrial de Manaus-PIM, que é um reflexo direto da Copa do Mundo, está favorecendo o mercado de cabotagem. A Aliança Transporte Navegação, maior operadora do Amazonas com 60% do mercado de cabotagem de Manaus, teve um crescimento no primeiro trimestre acima de 22% no volume transportado, em relação ao ano anterior) vai atingir um recorde histórico com o carregamento de 1.900 TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés) no navio Aliança Maracanã. De acordo com o gerente comercial da operadora logística, Jaime Batista, os aparelhos de televisão correspondem a 80% do carregamento recorde. “O mercado de televisores vem crescendo nos últimos dois anos. Estamos acreditando na estimativa da indústria, que afirma que a expansão no segundo trimestre de 2006 será ainda maior”, destacou Batista. Não há contêineres suficientes para alocar os televisores destinados ao sul do país. As perspectivas estão tão boas que, para suprir a demanda das indústrias do Pólo Industrial de Manaus, a Aliança planeja remanejar para o Brasil dois navios que hoje estão no tráfego europeu, o Aliança Brasil e o Aliança Europa, cada um com capacidade de comportar 2.200 TEUs. Carajás 10 Anos
Um evento para marcar os dez anos do Massacre de Eldorado de Carajás mobilizou mais de 100 pessoas em um protesto contra o governo do Estado do Pará na rodovia Augusto Montenegro. Integrantes de entidades engajadas na questão da reforma agrária no campo e representantes de partidos de esquerda caminharam da praça do conjunto Satélite até o Palácio dos Despachos, lembrando o dia da morte de 19 sem-terras em conflito na curva do 'S' da rodovia PA-150, em Eldorado de Carajás com a Polícia Militar. Outros 69 trabalhadores sofreram ferimentos graves no embate. Charles Torcate, da Coordenação Estadual do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST/PA), denunciou que o massacre não pode cair no esquecimento e continuar a impunidade dos verdadeiros culpados pelos homicídios: “Falta uma política para a reforma agrária no Pará, os investimentos destinados para o campo são cada vez menores. Queremos ampliar através deste protesto a nossa crítica ao governo do Estado e pedir a exoneração do secretário especial de Defesa Social, Manoel Santino. Nesses últimos dez anos anos já morreram 128 trabalhadores no campo no Pará. É um absurdo o nosso Estado concentrar cerca de 58% das mortes no campo que ocorreram no Brasil'.

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