INTERSEÇÃO AMAZÔNIA

Uma coluna de comentários gerais sobre assuntos da Amazônia e/ou que tenham interesse ou impacto sobre a Região.

Saturday, March 25, 2006

INTERCESÃO AMAZÔNIA Nº 3

Cenários Possíveis da Amazônia
Um estudo sobre o desmatamento na Amazônia, desenvolvido por pesquisadores do Centro de Sensoriamento Remoto da UFMG-Universidade Federal de Minas Gerais traça dois cenários para o futuro da Amazônia em 2050. No primeiro, em que tudo fica como está (“business as usual”) em termos de ocupação e um outro com a intervenção do governo (governança, como são denominadas as boas práticas de políticas públicas com participação social. No primeiro cenário a floresta sofre uma redução assombrosa de 5,4 milhões de quilômetros quadrados para 3,2 milhões em nove Estados. No cenário alternativo, que ainda assim prevê uma o desmatamento poderia cair em, pelo menos, 1 milhão de quilômetros quadrados com medidas efetivas de proteção o que, hoje, não ocorre, pois, o desmatamento, em 2003 e 2004, são compatíveis com o pior cenário possível. O artigo vai ser publicado na conceituada revista Nature, por ser o mais detalhado existente, porém, para quem se interessa, está disponível na Internet no endereço www.csr.ufmg.br/simazonia.
Reflexos da Gripe Aviária
É o efeito dómino da gripe aviária. Diminuem as exportações e os produtores se voltam para o mercado interno aumentando a competição e afetando as empresas mais frágeis que, em geral, são de regiões, como a Amazônia, com menor capacidade competitiva. Segundo o presidente da Associação Paraense de Avicultura- Apav, Mauro Kawachi, os avicultores do Pará deixarão de produzir 560 mil frangos, entre vivos e abatidos, com uma redução de 20% na incubação de ovos férteis, em abril, e aguardam até maio para analisar o comportamento do mercado interno e decidir pelas demissões no setor. O segmento emprega, com 35 avicultores e mais de 3 mil empregos diretos e 7 mil indiretos, amarga uma redução de 30 a 40% do mercado local em pouco mais de um mês. A produção paraense de 2,8 milhões de animais por mês tende a cair por parte estar ficando encalhada nos supermercados, granjas e abatedouros, duramente atingida pela invasão de frango congelado de São Paulo, Paraná e Goiás. O quilo ave de fora chega às prateleiras dos supermercados com significativa de preço, para o consumidor entre R$ 1,59 e R$ 1,97 o quilo, enquanto o paraense é comercializado a R$ 3,17, em média. O frango de outros Estados dobrou sua participação no atendimento da demanda do Estado. Os municípios de Santa Izabel, que congrega o maior pólo de aves do Estado, Santo Antônio do Tauá, Castanhal, Belém, Ananindeua, Benevides, Paragominas, Ulianópolis, Igarapé-Açu e Bragança serão afetados pela demissão que se anuncia se o panorama não mudar.
Lá Avança...
O gás natural vindo da Bolívia por meio de gasoduto já está em fase final de implantação em Mato Grosso consolidando mais o processo de integração sul-americana que só pode avançar com a interligação viária e a consolidação das trocas comerciais de produtos. O Estado do Mato Grosso, porta tal razão, vai comprar gás boliviano e se aproximar dos Departamentos de Santa Cruz de la Sierra, Cochabama, La Paz e Oruro, na Bolívia, e dos governos de Puno, Arequipa, Moquegua e Táca (Sul do Peru) e Arica e Iquique, no Norte do Chile. Para Serafim de Carvalho Melo, especialista no tema, é indispensável “Promover o comércio intra regional. A saída para o Pacífico é uma conseqüência natural da consolidação deste intercâmbio”, lembra ele, que é autor do livro “Mato Grosso no Centro-Oeste Sul-americano”. O certo é que lá as negociações para integração andam e o gás boliviano será comercializado nos próximos noventa dias.
Aqui Dança....
No Estado de Rondônia, em compensação, sobram palavras e falta ação. Basta verificar que o Gasoduto de Urucu está estacionado nos problemas ambientais já se perdeu até as contas dos anos. O gás da Bilívia que também poderia ser aproveitado, apesar das movimentações de lideranças bolivianas com esta finalidade, morreu no completo desinteresse. E a Saída para o Pacífico? Esta é um ótimo tema para os discursos do deputado Miguel de Souza. Ações concretas visando a integração são desconhecidas. Ou seja, aqui tudo dança...valsa, quando dança, mas o normal é ficar parado.
ENCOMEX Porto Velho
O Encontro de Comércio Exterior – ENCOMEX consiste em projeto desenvolvido pela Secretaria de Comércio Exterior – SECEX do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC, com o apoio da Agência de Promoção de Exportações do Brasil – Apex-Brasil, para estimular a maior participação do empresariado brasileiro, em particular do micro e pequeno, no comércio internacional, levando informações sobre sua estrutura, do funcionamento, regras básicas do intercâmbio comercial brasileiro, mecanismos de apoio à exportação e oportunidades de negócios com o exterior, contribuindo para melhorar a cultura exportadora. O ENCOMEX é realizado por palestras sobre os temas e, paralelamente, montado um balcão de serviços, composto por vários estandes em que os diferentes agentes explicam o cenário econômico nacional e regional (empresas, bancos, fundações etc.) e mostram como os empresários podem se preparar para exportar. O 105º encontro será realizado, no próximo dia 04 de maio no auditório do Aquarius Selva Hotel e as inscrições já se encontram disponíveis pelo site http://www.encomex.desenvolvimento.gov.br/Cadastro_Feiras/inscricao.php . Caravanas do interior do Estado de Rondônia estão sendo organizadas para comparecer ao evento.
Fórum Nacional do DNRC
O Departamento Nacional de Registro e Comércio –DNRC está realizando, neste final de semana, em Belém do Pará, o primeiro Fórum Nacional do DNRC. Na pauta a divulgação da lei geral de micro e pequena empresa, além de reuniões entre secretários e autoridades e diretores das juntas. Destaque também para o Projeto de Lei nº 6529/06, que, se aprovado, vai criar a Rede Nacional para Simplificação de Registro e Legalização de Empresas, o REDESIM. Nesta rede está prevista a centralização das juntas comerciais e dos órgãos envolvidos no processo de registro num sistema integrado de Internet. Vai ficar mais fácil realizar consultas e reduzir o tempo de abertura de empresas. Para o diretor do DNRC, Luiz Fernando Antônio, o papel das juntas comerciais é fundamental na operacionalização do REDESIM. E a realização do Fórum será de extrema importância para a troca de experiências entre as juntas e a busca de resolver os principais gargalos que emperram a ação eficaz das juntas.

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