INTERSEÇÃO AMAZÔNIA

“A inteligência é o único meio que possuímos para dominar os nossos instintos."

(Sigmund Freud, que ainda acreditava que a razão fosse capaz de vencer a mediocridade.Não esteve no Brasil nem conversou com Ruy Barbosa).
Empresas golpistas
A Equifax, empresa de análise de crédito, informou que houve um aumento de 6,8% no número de empresas golpistas no País em 2005. Segundo a empresa 1.079 empresas fraudulentas foram detectadas contra 1.010, em 2004. Com seus golpes deram um prejuízo estimado em R$ 64 milhões. Foram 28,1 mil títulos protestados, 24%de aumento em relação a 2004, além de 17,7 mil cheques com falta de fundos, 43% de crescimento. Entre as regiões foi a Sudeste que teve maior aumento na presença de empresas golpistas, saltando de 581, em 2004, para 609 em 2005. A região Sul se destacou por voltar a ter um crescimento no registro de empresas golpistas, de 189 para 215. O volume em valores negociados subiu, de R$ 8,8 milhões para R$ 12,3 milhões, entre 2004 e 2005. Na região também houve um montante maior em valores negociados, com cerca de R$ 40,3 milhões, ou R$ 10,2 milhões a mais que o registrado no ano anterior. No que tange à região Norte mesmo tendo um crescimento no volume negociado expressivo com um valor de R$ 1,7 milhão, aumento de mais R$ 987 mil, na comparação com 2004, teve o número de empresas golpistas diminuídos, de 29 para 21 casos. Os dados foram colhidos via cadastro da empresa.
Oficina do diabo
Agora a tensão nos presídios de Rondônia passou pelas detentas que se rebelaram exigindo um novo presídio. É uma boa idéia. E melhor ainda que os presídios novos tenham formas de ocupar os presos. É inacreditável, porém os especialistas afirmam que somente 10% dos presos trabalham. E, como se sabe, ficar sem fazer nada é, como dizem os antigos, criar a própria oficina do diabo.
Processos implausíveis
Não dá para entender como, por motivos meramente políticos, se criam certos processos que só servem para incomodar sem resultados práticos. Se for uma tática política é, no mínimo, tola, pois acaba por dar respaldo aos acusados. É melhor criar um processo só robusto, que tenha sentido e significado do que ficar atolando os juízes com papel à-toa. O pior é que o advogado fica com fama de mero “criador de caso”.
Made in Acre
Uma fábrica de preservativos masculinos, camisinha, deve ser concluída, no Acre, este ano. A indústria tem capacidade para produzir 100 milhões de preservativos/ano, ou 10% da produção brasileira, de 300 milhões, ou 30% da demanda brasileira, de um bilhão de camisinhas por ano (700 milhões são importadas da Ásia). A fábrica (instalações) representa um investimento de R$ 7 milhões e os equipamentos de ponta R$ 29 milhões. O governo do Estado investiu ainda na capacitação de 700 famílias de seringueiros da Reserva Chico Mendes, que fornecerão o látex para a indústria.
Religiosismo ambiental
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participou, na última sexta-feira (14), do simpósio "Religião, ciência e meio ambiente", cujo tema é Amazonas, fonte de vida. A ministra destacou a importância de uma visão multidisciplinar na busca de respostas para os principais desafios na área ambiental. O simpósio, segundo ela, é uma oportunidade para isso. "Estamos aqui para dizer que Ciência tem alma e que fé tem cabeça". Marina Silva disse também que "Temos a maior parte da Amazônia, vamos trabalhar para que, com soberania, possamos, cada vez mais, ajudar e ser ajudado a salvaguardar o que considero a parte mais bela parte do planeta". Haja fé! É situação.
Disputa
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul disputam a implantação da terceira fábrica de uréia e amônia do país. Os matogrossenses que desejam que o empreendimento seja feito em Cuiabá, no entanto terão que esperar pelo fim do impasse com a Bolívia em torno da questão dos reajustes dos preços do gás natural para retomar as negociações com a Petrobras. Os problemas com os vizinhos bolivianos continuam sem solução. Chabú Na Selva
Tradicionalmente lotados os hotéis de Selva do Amazonas enfrentam uma pequena crise. Dois fatores são responsáveis pela queda da taxa de ocupação: 1) A oscilação negativa do dólar e a crise Varig. Os pacotes promocionais oferecidos pelos resorts estão perdendo competitividade por causa dos preços baixos das passagens aéreas internacionais e, para piorar o cancelamento de vôos da Varig desanimou turistas brasileiros que desejavam à Amazônia.
Plano Vai Brasil
Não chega a ser um crise, pois o número de hóspedes só diminuiu um pouco, mas a apreensão em relação ao futuro ronda a cabeça dos responsáveis pelos empreendimentos, pois fica difícil competir com o valor baixo das passagens aéreas e, também com os pacotes promocionais internacionais que disponibilizam ao turista, a preços bem mais baixos, carro, passeios e alimentação. Uma esperança do setor é o Plano Vai Brasil, que objetiva oferecer pacotes turísticos internos a preços mais acessíveis. Para os locais, exceto nas datas mais festivas, o desconto chega a ser de 50%!