INTERSEÇÃO AMAZÔNIA

Uma coluna de comentários gerais sobre assuntos da Amazônia e/ou que tenham interesse ou impacto sobre a Região.

Thursday, June 15, 2006

INTERSEÇÃO AMAZÔNICA 15.06


“A vida não consiste em ter boas cartas na mão e sim em jogar bem as que se tem”.
(Josh Billings, que, de forma alguma, escreveu isto pensando em José Sarney ou Renan Calheiros).

MEL EM ALTA
A Cooapa-Cooperativa Apícola Portal de Rondônia, que atua em Vilhena, Colorado e Cerejeiras, conta com 30 produtores filiados, mas sua produção tem capacidade de, a partir de 2007, atender todo o Estado. Por esta razão participaram da Expovel. De acordo com o presidente da cooperativa, Aldir Lauri Gerlach: “Nossa participação na Firon, que terminou no último domingo, tornou-se numa excelente oportunidade de divulgar e também conhecer o potencial consumidor, afinal, Porto Velho é a capital rondoniense e tem uma população estimada em 350 mil pessoas”. A produção anual de mel em Rondônia alcançou a casa das 100 toneladas/ano. Toda a produção é do tipo multifloral tendo seu pico, maior alta no período, entre abril e novembro, na estação quente da região amazônica. A Cooapa trabalha apenas com mel, porém pretende trabalhar, também, com a exploração de subprodutos do mel, como o pólen e a própolis. Para Lauri Gerlach, o setor produtivo apícola estadual trabalha na conscientização da população sobre a importância do consumo do mel de abelha na dieta das pessoas: “O mel é um alimento não apenas medicinal como se imagina. Por isto trabalhamos explicando os benefícios que o produto oferece à saúde. Enquanto os brasileiros consomem anualmente pouco mais de 300 gramas de mel por pessoa, na Europa, por exemplo, chega-se a 1,5 quilo por ano, aproximadamente”, informa o produtor. Um grande objetivo dos apicultores filiados à Cooapa é conseguir o selo do Serviço de Inspeção Federal-SIF para ter condições de exportar “especialmente o mel orgânico, que sem essa chancela do governo federal não há como comercializar. Podemos contar que em 2007, já de posse do SIF, poderemos exportar mel para a Europa”.
BRASIL PERDE FEIO
Levantamento feito entre os 32 países que jogam a Copa do Mundo sobre o consumo de cerveja mostra que o Brasil, apesar de ter na Ambev a 7ª cervejaria do mundo, perde e perde feio. Com 49 litros por pessoa/ano o Brasil é o 16º colocado em consumo de cerveja. Quem ganha disparado é a República Tcheca com 161 litros por pessoa/ano, seguido dos dono da casa, com 116 litros, depois a Inglaterra, 101 litros e a Austrália, com 95 litros. O consumo brasileiro gera um faturamento de R$ 10 bilhões anuais e anda meio estacionado, desde 1997, em torno dos 47 litros por pessoa/ano. Isto se reflete também nos gastos de propaganda que somente aumentaram 10% em relação ao ano passado enquanto em geral os investimentos em publicidade aumentaram em 21%. Curioso também é que as publicidades sejam eminentemente direcionadas para o público masculino quando a fatia de consumo feminimo esteja crescendo muito e já represente 33% do total mesmo que, como se saiba, a cerveja engorde. No entanto as mulheres bebedoras de cerveja são mais preocupadas com a silhueta que as mulheres em geral- é o que diz o Ibope Mídia.
AS FLORESTAS EM DEBATE
A última etapa da Série de Seminários Virtuais por Videoconferência foi realizada, nesta última segunda-feira (12), com objetivo de divulgar os resultados do Seminário de Política de Fauna Silvestre da Amazônia, ocorrido de 15 a 19 de maio. A promoção foi do Ministério do Meio Ambiente em parceria com o Instituto Banco Mundial para execução do Plano Regional de Capacitação Ambiental do Subprograma de Política de Recursos Naturais-SPRN. A videoconferência denominada “Valorização das Florestas” foi acompanhada, em Brasília, nas capitais da Amazônia Legal e Santarém (PA) nos auditórios do Banco da Amazônia. Participaram representantes das administrações públicas, órgãos estaduais de meio ambiente, Ministério Público, Universidades, ONGs, setor produtivo, sociedade civil e demais interessados no tema, dos estados da Amazônia Legal. Entretanto, apesar do esforço feito, a discussão foi muito prejudicada por coisas elementares como a interrupção ou o não funcionamento adequado do sistema de transmissão e a não distribuição de material capaz de situar os participantes muitos dos quais ficaram calados por não saber o que perguntar.
CONTRA OS BLOQUEIOS
As forças produtivas do Estado, em especial o comércio que já tem problemas demais com a enorme quantidade de feriados, reclamando que está virando brincadeira esta conversa de por dá cá aquela palha grupos de protestos bloquearem as ferrovias. O caso mais recente foi o do chamado Movimento Camponês Corumbiara-MCC que não se contentou em fechar a BR-364 apenas no sentido Cuiabá-Porto Velho e também fechou a estrada em direção ao Acre e a Guajará-Mirim causando imensos prejuízos, principalmente de bens perecíveis, de vez que caminhões tiveram que ficar no caminho por mais de dois dias. Por tal razão a Federação do Comércio do Estado de Rondônia-Fecomércio/RO tomou a iniciativa de escrever ao governador Ivo Narciso Cassol solicitando que sejam tomadas todas as providências não somente para terminar com o impasse existente como para que situações semelhantes não se repitam. O presidente Francisco Teixeira Linhares diz que o segmento “È a favor de todas as reivindincações que sejam justas, porém o direito de ir e ver, que é constitucional, deve ser respeitado”. De fato há um imenso abuso na utilização dos bloqueios sem considerar os prejuízos que causam a população como um todo.

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