INTERSEÇÃO AMAZÔNIA

Uma coluna de comentários gerais sobre assuntos da Amazônia e/ou que tenham interesse ou impacto sobre a Região.

Thursday, June 15, 2006

INTERSEÇÃO AMAZÕNIA

“O problema das cotas (nas universidades brasileiras) é que a universidade não terá utilidade alguma para o aluno se ele não estiver preparado”.
(Kwame Anthony Appiah, filósofo norte-americano especializado em diversidade cultural).

EXPOVEL
Em todos os sentidos a Exposição Agropecuária de Porto Velho – Expovel é um acontecimento, embora seja, entre todas, a mais estranha das feiras de agropecuária do Estado. É fato que, com exceção dos leilões, a exposição de animais e rodeios em nada lembra o country ou o rural. Está mais para uma feira de comércio. No entanto a cavalgada, seu desfile de início, já conquistou a população se tornando um marco e uma festa popular. Ontem, sábado, 03 de junho, não foi diferente. A cavalgada movimentou a cidade e terminou no Parque dos Tanques, reunindo milhares de pessoas. O evento pode até nem contribuir para expansão do agronegócio regional, mas que movimenta o comércio não há dúvidas. Até artigos rurais, digo “country”, como botas, cintos de fivela grande e chapéu de peão são vendidos, fora camisas,camisetas, adesivos, banners e faixas, publicidade em geral que giram em torno do evento. Sem contar que é uma festa para o comercio informal com vendedores de cachorro quente, de churrasquinhos, pipoqueiro e de bugigangas fazendo festa em torno do local da Expovel. E a juventude não deixa por menos se esbaldando, inclusive com alguns excessos. Faz parte.



A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
O presidente Lulla da Silva relembrou seus tempos de torneiro-mecânico ao aplicar o primeiro ponto de solda no gasoduto Urucu-Manaus, simbolizando o início das obras, esta semana passada, diante de mais de 20 mil pessoas que se comprimiam sob o calor de mais de 40º de um sol causticante de verão, no Centro Cultural “Carlos Braga”, em Coari. Modéstia, porém não passou por perto. Sapecou, no meio do discurso: “Hoje, graças a Deus, estamos aqui. E estamos aqui para dizer a vocês que é a segunda revolução industrial no Estado do Amazonas. A primeira foi a implantação da Zona Franca de Manaus. E a segunda é o gasoduto Coari-Manaus”. Ninguém disse para ele menos, presidente, menos. Afinal, finalmente, o gasosuto sai e não se vai reclamar de uma obra que gera 3.400 empregos diretos e 10 mil indiretos. Por tal razão não faltaram políticos, um séqüito imenso, inclusive o governador Eduardo Braga, o prefeito Serafim Corrêa (PSB) , o senador Gilberto Mestrinho (PMDB), deputados e vereadores.
REFEIÇÃO A R$ 1,00
Esta conversa fiada de comida de qualidade com preço baixo me cheira sempre a populismo. É verdade que pode dar certo se alguém subsidia a diferença, mas não pode ser o governo que, como se sabe, não faz funcionar bem nada que requeira permanência. O fato, porém é que estão repetindo a formula lá em Belém. O Governo do Estado, em parceria com a Companhia Paraense de Refrigerantes -Compar e a empresa Alimentos do Pará -Iapa, inaugurou o restaurante “Prato Popular” com capacidade para produzir 300 refeições por dia, ao preço de R$ 1 cada, que vai atender aos trabalhadores da feira do Entroncamento, no bairro da Marambaia. A vice-governadora Valéria Pires Franco destacou a importância do restaurante para o povo paraense afirmando que “É uma obrigação do Estado fazer o que estamos fazendo aqui. Este restaurante é mais um compromisso do nosso governo com a população. Ele surge da nossa preocupação com o bem-estar dos feirantes daqui do Entroncamento. Por isso, ele é também um ato de cidadania”. Não vamos discutir e sim acompanhar para ver se a experiência funciona. A vice-governadora também elogiou a Coca-Cola por investir em projetos sociais, o que demonstra, para ela, o compromisso da empresa com a responsabilidade social. Ela pediu que a iniciativa sirva de exemplo para outras empresas, porque considera que projetos como esses não beneficiam o governo ou as empresas, mas sim o povo que mais precisa.

CCE INVESTE E FATURA MAIS
A CCE da Amazônia, que iniciou sua produção de informática, em janeiro de 2006, investindo R$ 60 milhões, estima que seu faturamento este ano deve bater na casa dos 200 milhões somente com os computadores Info (público doméstico) e Corp (pequenas e médias empresas). Para 2007, a meta é mais ousada: R$ 300 milhões, ou seja, 7% do mercado nacional. O diretor da CCE, Marcílio Reis Junqueira, diz ser a verticalização dos componentes do novo item o forte de sua indústria que produz das embalagens às placas utilizadas no computador. Entrando num mercado de computadores que é promissor, e com as vendas espalhadas por 5.000 pontos de varejo no Brasil inteiro, a marca do computador CCE está se firmando em nível nacional. A empresa também vai iniciar a fabricação de monitores de LCD de 14’ em 50 dias e de computadores com placa de televisão ainda este mês, com previsão de lançamento no mercado em julho. A linha de notebooks ainda está em desenvolvimento, mas tem previsão de ser lançada no mercado antes do Natal.

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