INTERSEÇÃO AMAZÔNIA

Uma coluna de comentários gerais sobre assuntos da Amazônia e/ou que tenham interesse ou impacto sobre a Região.

Wednesday, June 21, 2006

“Nada é tão inútil quanto fazer eficientemente o que não deveria ser feito em primeiro lugar”.
(Peter Drucker, que escreveu e falou com a autoridade de quem entendia de administração).

SEMINÁRIO
Aconteceu ontem, 21 de junho, no auditório do Tribunal de Contas de Rondônia, realizado pelo Conselho Federal de Economia e o Sebrae de Rondônia, o 1º Seminário de Economia do Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Brasileira que teve como principal destaque a palestra proferida pelo presidente da Agência de Desenvolvimento da Amazônia –ADA, Pepeu Garcia, sob o tema “Incentivos Fiscais para Empreendimentos na Amazônia” na qual destacou que aquela agência possui recursos disponíveis da ordem de R$ 1,7 bilhão para investimentos por empresas privadas da Amazônia. Também esteve presente o presidente do Cofecon, Synésio Batista da Costa, que é um destacado líder empresarial sendo também presidente da ABRINQ, associação que reúne os fabricantes de brinquedos do país. Acompanhando Synésio esteve também, como palestrante, o vice-presidente do Conselho Federal dos Economistas, Aurelino Levy, que enfocou o tema “O Mercado de Trabalho para o Economista na Amazônia”. Levy é professor da Universidade Federal do Mato Grosso e técnico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -IBGE. O seminário foi amplamente prestigiada pelos economistas e acadêmicos locais que lotaram o auditório do Tribunal de Contas.
A GRANDE DIFERENÇA
Na última terça-feira, dia 20, foi lançada, em Manaus, a pedra fundamental do Distrito Industrial de Micro e Pequenas Empresas de Madeira e Móveis. O Distrito, um investimento estimado em R$ 10 milhões, se destina a ampliar o poder de competitividade industrial do Amazonas por meio da qualificação de pessoal, desenvolvimento de tecnologia e melhoria da qualidade de produtos e serviços. O novo distrito, concebido como um condomínio empresarial, deve criar novos mil postos de trabalho, entre empregos diretos e indiretos. A projeção do faturamento total das empresas que vão se instalar nele está prevista em R$ 6 milhões/mês. Também a iniciativa visa atacar eliminar os gargalos que comprometem o desenvolvimento do setor que, malgrado seu grande potencial, possui empresas que se ressentem da falta de tecnologia e de inovação em design de produtos, qualificação de pessoal e dificuldades de comercialização .Na cerimônia de lançamento presentes o governador do Amazonas, Eduardo Braga, o secretário estadual de Planejamento, Ozias Monteiro, e a superintendente da Suframa, Flávia Grosso, que, no seu discurso, salientou a importância da decisão política que embasa a iniciativa: “Sem visão política e empresarial não se investe para criar emprego e renda e isso a administração estadual tem dado mostras de que tem”. É uma grande diferença.
SOB NOVA FORMA
Já começou a ser testado pelo Ibama esta semana, em Belém do Pará, o Documento de Origem Florestal -DOF, em Belém. O novo documento de controle origem de produtos florestais vai substituir a ATPF -Autorização para Transporte de Produtos Florestais a partir de 1º de agosto. Os testes para sua implantação vão se estedender por toda esta semana com a participação de servidores do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente. O Ibama informou que são emitidas um milhão de ATPFs por mês. Somente no Pará, considerando o trabalho da Superintendência do Ibama e das Gerências Executivas de Marabá e de Santarém - regiões sudeste e oeste do Pará - são emitidas mais de 40 mil ATPFs por ano. A substituição das ATPFs pelo DOF havia sido anunciada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante a operação Novo Empate, feita pelo Ibama e Polícia Federal, que desmantelou uma quadrilha de madeireiros, funcionários públicos e despachantes, que comercializavam madeira extraída ilegalmente na Amazônia. O grupo atuava no Acre e em Rondônia com ramificações em São Paulo, Mato Grosso e Amazonas, fraudando o sistema de controle de ATPFs, por meio de empresas legais e fantasmas. O DOF será um sistema integrado com a Polícia Federal.
CAI O EMPREGO FORMAL
De acordo com dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho-Caged, em maio, foram gerados 198.837 novos empregos, contra 229.803, em abril, ou seja, houve uma queda de 13,47% dos empregos formais em abril em relação a maio. Também, em comparação com maio de 2005, a geração de empregos, foi menor. A queda foi de 6,4%. Em maio de 2005 foram gerados 212.450 postos de trabalho. No acumulado de janeiro a maio de 2006 o número de contratações também diminuiu. De janeiro a maio de 2006 foram registradas 768.343 novas contratações contra 770.767 em igual período do ano anterior. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho reafirmou a projeção de emprego para este ano. Para ele, o nível de emprego formal na economia deve ficar entre o resultado de 2004, que foi de 1.523.276 empregos e o apurado no ano passado, de 1.253.981. Marinho manteve para os quatro anos do governo Lula a projeção mensal de 100 mil novos empregos, o que dará um resultado de 5 milhões de empregos criados com carteira assinada no período. Marinho criticou o Banco Central por diminuir o ritmo de queda da taxa de juros. "Se não diminuísse o ritmo, o cenário para emprego estaria melhor".


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