“O mal não tem natureza, o mal não é alguma coisa; o mal não é matéria, não é substância, não é mundo. (...) O mal não é ser, mas fazer.”
( Paul Ricouer, o filósofo existencialista ensinando de uma forma prática que o discurso sobre o bem é muito bonito, mas é preciso não agir mal).
LINHA DE TRANSMISSÃO
No momento cerca de 50% do abastecimento de Rio Branco, capital do Acre, em energia elétrica já está feito via o Linhão construído entre Porto Velho e a capital acreana. Esta energia é produzida em parte pela usina hidrelétrica de Samuel e em parte pela pelo parque termelétrico da Termonorte, o que aumenta o seu custo. O superintendente de Planejamento da Expansão da Eletronorte, João Neves Teixeira Filho, afirma que esta fonte de produção energética para o Acre será ampliada com a linha de transmissão de 330 quilômetros a ser construída entre os municípios de Jauru, no Mato Grosso, e Vilhena, em Rondônia cujo termino é previsto para julho de 2008. Com este trecho Rondônia e o Acre se integrarão chamado Sistema Interligado Nacional -SIN, que é abastecido em sua maioria pelas grandes hidrelétricas do país, como Itaipú e Tucuruí, entre outras. O leilão para a construção dessa linha de transmissão, previsto em cerca de R$ 250 milhões, tem lançamento anunciado para o dia 19 de agosto próximo. Ou seja, nosso sistema, nos próximos dois anos, será interligado.
POR FALAR NO ACRE...
A Promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público do Estado do Acre resolveu recomendar aos governos, em todos os níveis, que não expeçam licenças para queimadas na parte leste do Acre sem uma avaliação dos danos ambientais de 2005. Parece que, agora, vai acabar a brincadeira, com a omissão explícita da imprensa, do “faz de conta” que não se queima nada por lá e que existe, de fato, um controle no Estado vizinho. Sempre afirmei que isto era uma fantasia e debochei das respostas das “autoridades” que diziam que a fumaça de lá era vinda de Rondônia e do Mato Grosso e que, tudo que queimavam por lá, era dentro da lei. Parabéns a Procuradoria Pública. Resolveu levar o controle a sério e rasgou a fantasia do obá-obá do governo estadual.
INOVAÇÃO
Em Belém do Pará será aberto o primeiro juizado estadual do país especializado em meio ambiente. O novo órgão dedicado somente a crimes ambientais pretende privilegiar a substituição por penas alternativas, como prestação de serviços. O Juizado Ambiental julgará, no âmbito penal, crimes que tenham ocorrido na região metropolitana de Belém, que engloba os municípios de Ananindeua, Benevides, Marituba e Santa Bárbara do Pará, totalizando cerca de dois milhões de habitantes. A iniciativa, pioneira no Brasil, é fruto de uma parceria entre o Tribunal de Justiça do Pará e uma instituição privada de ensino, a Faculdade Ideal (Faci).
CRIME ECOLÓGICO
Em março do presente ano o segundo município maior produtor de grãos do Brasil, Lucas do Rio Verde, foi vítima de um acidente ambiental na área urbana. As casas, as plantas frutíferas, ornamentais e medicinais, e as próprias pessoas foram expostas aos efeitos de uma pulverização ilegal de agrotóxicos que, erroneamente, foi aplicada de avião sobre a cidade. O veneno foi um herbicida dessecante para apressar a colheita da soja. Aliás, consta que metade de tais pulverizações não atingem o alvo. Até hoje nada foi apurado nem ninguém punido. Não se vê também nenhuma manifestação de ONGs a respeito ou a ação, sempre bem-vinda do Ministério Público. Se fosse uma estrada, uma usina, queimada, enfim algo que desse notícia....
NOVA EXPEDIÇÃO ORELLANA
Uma expedição de estudantes, assistidos por professores, cientistas e jornalistas, partiu de Quito, no Equador, no último dia 24 de junho, para percorrer mais de 6.000 km pelo rio Amazonas, até Belém do Pará, repetindo o feito do navegador espanhol Francisco Orellana, que fez este trecho em um ano numa de 1541 a 1542. São jovens do Brasil, Peru, Bolívia, Venezuela, Equador, Guiana Francesa, Suriname e Guiana que participam da expedição bancada pela Organização do Tratado Comum Amazônico-OTCA e os ministérios da Educação de seus países. O maior objetivo é conhecer a beleza e os problemas amazônicos para defender a preservação e o uso sustentável dos recursos naturais da floresta.
NO VERMELHO
Os especialistas em agronegócio calculam que a dívida acumulada pelos produtores com governo, bancos e fornecedores deve corresponder, aproximadamente, à metade da receita esperada com a safra de grãos em 2007, calculada em R$ 51 bilhões. Sem solução para os seus problemas, apesar dos pacotes anunciados, e sem alterações na política agrícola, as previsões são de que, por falta de recursos, a área plantada, para o próximo ano, será reduzida e a produção da safra 2006/2007 será menor. Por enquanto os cálculos apontam para uma redução de cerca de 5% na oferta de grãos, porém há cálculos mais pessimistas que prevêem, inclusive reflexos bastante negativos sobre a balança comercial.
SUCESSO BOCA À BOCA
A quinua é um cereal cultivado pelos incas, nos Andes, a uma altitude de mais de 3.500 metros rico em proteínas e aminoácidos que é mais fácil de digerir do que a proteína da carne sendo comparada ao leite materno e tendo, praticamente, o dobro de proteínas do milho e no arroz. Esta fazendo grande sucesso entre os que gostam de comida natural por seus efeitos. Dizem que serve para prevenir doenças e são responsáveis pelo maior rendimento e a elasticidade das fibras musculares, auxiliam na recuperação de tecidos e células e estimulam a produção de enzimas e hormônios. No Brasil está sendo distribuído pela empresa Quinua Real Brasil (http://www.quinuareal.com.br), pioneira em sua comercialização, que já conta com 400 pontos de vendas. Quem se interessar pode ver mais em Mundo Verde (www.mundoverde.com.br) e no Site www.emporiobrasileiro.com.br.
RECUPERAÇÃO
A Fecomércio/MT divulga pesquisa,feita entre 5 a 14 de junho de 2006, mostrando que 82% dos empresários entrevistados acreditam na estabilidade econômica no 2º semestre. Entre os 400 empresários pesquisados sobre suas expectativas 52% foram otimistas, 29% indiferentes e 19% pessimistas. Em comparação com igual período do ano passado, em que os índices 72%, 14% e 14%, as opiniões que revelam otimismo caíram 20%, pessimismo subiu 5% e tornaram-se indiferentes 14% a mais. Mesmo assim o presidente O presidente da Fecomércio/MT, Pedro Nadaf, afirma que os dados refletem uma recuperação.
A CRISE
Para o presidente da Fecomércio/MT as expectativas melhoraram. Sua análise deriva de que de janeiro a junho houve uma queda no comércio varejista na ordem de 9%. “A capital já está sentindo a recessão que veio do interior, que teve a redução da moeda circulante em virtude da crise do agronegócios que atingiu diretamente 15 municípios, sendo os mais afetados, Diamantino, Sapezal, Rondonópolis e Primavera do Leste”, destacou Nadaf. Segundo ele, 2004 havia sido o melhor dos últimos 10 anos. De 2005 para cá a economia, entrou em crise, fechou em queda, e, em 2006 o comércio varejista aparece, com a maior queda já registrada nos números do IBGE.