INTERSEÇÃO AMAZÔNIA

Uma coluna de comentários gerais sobre assuntos da Amazônia e/ou que tenham interesse ou impacto sobre a Região.

Sunday, June 25, 2006

INTERSEÇÃO AMAZôNICA Domingo 25.06


“O nível intelectual do brasileiro está abaixo do que era na década de 60 ou 70, porque as escolas são piores e o estudo já não é valorizado como antigamente. O valor não é mais fazer alguma coisa que seja dignificante. As pessoas querem é subir na vida, ganhar dinheiro e dane-se o resto”.
(Silvio de Abreu, autor de novelas sobre a educação e a moral “em frangalhos” do país).

NO PAPEL
O presidente Lulla da Silva assinou, na última quarta-feira, três decretos que criam mais três Unidades de Conservação -UC's na Amazônia. O Parque Nacional dos Campos Amazônicos, no sudoeste do Amazonas e no extremo nordeste de Rondônia, com uma área de aproximadamente 880 mil hectares. A Reserva Extrativista do Rio Unini, situada no norte do Amazonas, com 830 mil hectares é a maior do estado. No sul do Amazonas, a Reserva Extrativista Arapixi com uma área de 133 mil hectares. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou que com o novo parque o governo estabeleceu uma barreira para conter o avanço do desmatamento de Rondônia para o Amazonas. "Antes as UC's eram criadas em lugares distantes da Amazônia. Agora são criadas em área onde há ameaça de expansão predatória. Isso faz a diferença", disse. Com as novas área a superfície legalmente protegida na Amazônia aumenta em 1,84 milhão de hectares, algo superior a três vezes a área do Distrito Federal. No atual governo foram criadas ou ampliadas 57 UC's: quatro em 2003, 11 em 2004, 21 em 2005 e 21 em 2006. Com as novas unidades já são 19,3 milhões de hectares em Unidades de Conservação criadas neste governo na Amazônia, o que equivale a 34% do total de UC's criadas até hoje. Só não me perguntem como as áreas estão sendo protegidas.
O CÂMBIO DEMITE
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados–Caged mostram que Mato Grosso foi o 2º colocado no ranking dos estados brasileiros que mais demitiram que contrataram, no mês de maio, com um saldo negativo de 3,38 mil postos de trabalhos. A liderança pertenceu ao Rio Grande do Sul, com menos 3,86 mil vagas O Centro-Oeste demitiu mais do que contratou trabalhadores. O saldo negativo de empregos foi de 1,46 mil vagas decorrente de terem sido admitidos 82,03 mil trabalhadores e demitidos 83,49 mil pessoas na região. O resultado reflete os efeitos da política cambial sobre o agronegócio e o setor exportador com o agravante, no Mato Grosso, do movimento dos produtores, denominado de “Grito do Ipiranga”, que, por meio de bloqueios das rodovias, pararam a economia mato-grossense por mais de um mês.
AUMENTO DE PREÇOS
O Dieese do Estado do Pará divulgando que, na quadra junina, está havendo um aumento considerável dos preços das comidas típicas comercializadas na Grande Belém. Cita o mingau, vendido em copo que teve reajuste de 5,99%, o mingau de tapioca e milho que podem ser encontrados com preços que variam entre R$ 1,50 e R$ 2,00, ou seja, uma variação de 33,33% entre vendedores. O tacacá cujo preço está variando entre R$ 4,00 e R$ 6,00. O vatapá foi reajustado em 3,90% passando a custar de R$ 4,00 a R$ 5,00, dependendo de local. Às vésperas do Dia de São João a maniçoba chega a custar R$ 6,00 em alguns pontos. As fatias de bolo sofreram reajustes expressivos: as de macaxeira e tapioca estão custando, em média, R$ 2,00, um aumento de 4,17%. Não dever ser diferente, em Rondônia, nas feiras agropecuárias e festas juninas onde os consumidores são submetidos a pagar preços exorbitantes não somente pela comida como também pela bebida.
AUMENTA A INADIMPLÊNCIA
O Indicador Serasa de Inadimplência de Pessoa Física indica que, em maio, houve uma alta de 22% em relação à maio de 2005. A Serasa registra que a inadimplência dos consumidores voltou a aumentar em maio, após o recuo de 11,4% do mês de abril de 2006. Maio, em comparação com abril, teve um índice de inadimplência maior em 13,1%. Nos cinco primeiros meses de 2006, a alta na inadimplência foi de 16,7% na comparação com o mesmo período de 2005. Segundo divulgado pelo indicador da Serasa, em maio de 2006, a participação dos cheques devolvidos na inadimplência dos consumidores foi a mesma das dívidas com cartões de crédito e financeiras. Ambos tiveram peso de 32,6% no total do indicador de pessoa física. No quinto mês de 2005, os registros de cheques sem fundo representaram 32,7% da inadimplência dos consumidores, e as dívidas com cartões de crédito e financeiras, 35,4%. As dívidas com os bancos representaram 31,9% da inadimplência dos consumidores em maio, bem maior que os 24,9% de 2005. Os títulos protestados participaram com 2,9% das dívidas não pagas de pessoas físicas, em maio de 2006 contra 2,5%, em maio do ano passado.

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